domingo, 22 de abril de 2012

MONOGRAFIA(trabalho de conclusão do curso de Pós Graduação em Ética, Valores e Saúde na Escola - USP)

Para você que tem acompanhado as minhas postagens referentes ao curso de Pós Graduação de Ética, Valores e Saúde na Escola, da Universidade de São Paulo, deixo disponibilizado o link para o acesso à minha monografia de conclusão de curso.

O tema discorrido foi: A doença pode ser um elemento que possibilite a resignificação da própria vida ?
Trata-se de um estudo de caso com uma professora do ensino público e sua história de superação. Fala de crise como bem trataram os chineses: como risco/perigo e oportunidade.

O acesso permite baixar e/ou ler. Apenas peço a gentileza de, caso queiram divulgar ou usar partes do trabalho, mencionar a autora e a fonte.
 Boa leitura !

https://rapidshare.com/files/3981984165/Padrao_TCC-atualizado_29092011.pdf


Aguardem novas postagens !
Márcia Maria dos Santos Solha
abril/2012

domingo, 10 de julho de 2011

CONSIDERAÇÕES SOBRE O 4°MÓDULO:

O  blog FLOR ESSÊNCIA foi criado com o objetivo de postar os trabalhos realizados no Curso de Especialização: Ética, Valores e Saúde na Escola da Universidade de São Paulo.

Esse 4°módulo, que se iniciou dia 02 de maio e se encerrou dia  30 de junho, teve como temas: Saúde e Educação, que foram apresentados em  duas disciplinas, com 28 vídeo-aulas, além da tutoria de projetos, que é uma atividade presencial ocorrida uma vez por semana.
As duas disciplinas, desse 4°módulo, foram:
-Educação Comunitária e para a Cidadania -14 vídeo-aulas.
-Epilepsia: Perspectiva psicossocial e a interação com a sociedade -14 vídeo-aulas.

Esse é o último módulo desse curso, sendo que no próximo semestre cada aluno(a) se dedicará à sua monografia.

As 111 vídeo-aulas presentes nesse blog, estão distribuídas em quatro módulos: 27 no primeiro e 28 nos outros, isto é, no segundo, terceiro e quarto módulos, e  teceram esse curso com “fios de ouro”, me possibilitando muitas reflexões, conhecimentos e aprendizado.

Agradeço a cada professor(a) que, através de sua aula, contribuiu efetivamente para o meu aprimoramento,  o meu crescimento pessoal e profissional.

Em especial agradeço ao Prof°Ulisses Araujo, mentor e coordenador do curso, pela sua brilhante articulação para que esse projeto se tornasse realidade. E também às professoras tutoras, que acompanharam os projetos de pesquisa (realizamos 4 em grupo,1 por módulo):
Prof° Juliana Rodrigues – que considero a “Madrinha” do EVS, imprimindo no curso um tom, um sabor, um ritmo, regendo tantos instrumentos, vozes, de forma intensa e harmoniosa.
Prof° Kenya Paula Gonsalves da Silva
Prof° Angela Esteves Modesto
As três professoras: Juliana, Kenya e Angela, agregaram pela excelência, entusiasmo, compromisso, acolhimento e ternura. E através delas e com elas pudemos vivenciar o que aprendemos na teoria.

Participar desse curso foi muito significativo para mim pela proposta, conteúdo, filosofia, metodologia, pessoas  e, também, especialmente, por ser na Universidade de São Paulo – USP LESTE,  pela excelente qualidade de ensino e pela proximidade maior com a comunidade e os problemas existentes.

Faço aqui minha homenagem à Anísio Teixeira, Paulo Freire e Darcy Ribeiro a quem fiz menção na minha redação para o concurso desse curso e  hoje, no término dessa etapa,  quero reiterar  meu respeito, admiração e reverência à pessoa, à obra e ao legado de cada um deles. Vale ressaltar que, hoje, estamos nos beneficiando dos frutos das sementes plantadas, regadas e cuidadas por eles.
Que nós, educadores, possamos dar continuidade às buscas, lutas,  pela realização da tão sonhada e necessária  Educação de qualidade para todos e todas.

Á você, que lerá esse blog, espero que lhe seja muito proveitoso, como foi para mim.
Desejo-lhe Florescência, FLOR ESSÊNCIA.
                                                                         
                                                                      Márcia Maria dos Santos Solha
                                                                                      Julho/2011

quarta-feira, 6 de julho de 2011

(4°) Vídeo-aula 28 - Campanha Global: Epilepsia fora das sombras


4°Módulo – Vídeo-aula 28: Campanha Global : Epilepsia fora das sombras

O Prof°Li li Min disse que essa Campanha foi uma iniciativa da OMS (Organização Mundial da Saúde), da Liga Internacional dos Profissionais e da Assistência Mundial dos Pacientes e começou em 1997.

O Brasil adentrou mais firmemente em 2002 com a participação em projetos demonstrativos onde se buscava formular modelos de atendimento na Unidade Básica de Saúde, políticas públicas voltada à epilepsia, que tem servido de modelo para outros países.

Esse projeto foi desenvolvido pela ONG “ASPE”, em parceria com a UNICAMP, teve 6 fases, duração de 4 anos, e duas cidades foram escolhidas para a pesquisa: Campinas e São José do Rio Preto.

Objetivo: desenvolver um modelo de atendimento à pessoas com epilepsia na rede primária de saúde, que possa ser aplicado em escala nacional.

Constatou-se a importância do treinamento dos profissionais das Unidades Básicas, e que é possível o tratamento nessas Unidades e isso tem promovido um controle das crises e mudanças psicossociais (menos falta na escola, no trabalho; taxa de emprego; lidar com as crises; diminuição de crenças) nos pacientes e familiares.

Concluiu dizendo que é possível e indicado atender esses pacientes nas Unidades Básicas de Saúde tanto em questões terapêuticas como de diagnóstico. E que esse modelo deve ser expandido para todo o território nacional.

E falou: “estamos abrindo uma nova era, aqui, nas escolas do Estado de São Paulo tendo você com plena capacidade para discutir essa temática, que visa a construção de uma sociedade mais ética, consciente e saudável, levando, nos próximos anos, a uma  redução do preconceito.”

Márcia Maria dos Santos Solha
Julho/2011

(4°) Vídeo-aula 27 - Interação social: família e sociedade

4°Módulo – Vídeo-aula 27: A Interação social: família e sociedade


A Prof°Paula Fernandes disse que a epilepsia afeta as relações familiares. O diagnóstico define uma reorganização de papéis na família. Além disso, a relação dos cuidadores com o trabalho e a escola fica prejudicada pelas visitas regulares ao médico e pelas crises inesperadas, ocorrendo um desajustamento familiar e um impacto socioeconômico.

A sociedade tem demonstrado em relação à epilepsia: crenças, idéias inadequadas, rejeição, estigma, atitudes de preconceito, desinformação.
Porém a família e a sociedade é que reforçam ou evitam o comportamento do paciente: coitado, dependente, doente.

Como mudar esta situação ?
Como inserir mais a família e a sociedade ?
É importante que as pessoas falem sobre a epilepsia e para isso é necessário trabalhar em grupo.

Objetivos do trabalho em grupo:
-Auxiliar no conhecimento de informações.
-Discutir medos e preocupações.
-Compartilhar idéias.
Diminuir desconfortos relacionados.

E para esse trabalho em grupo a Prof°Paula sugere:
Passo1: Informações gerais.
Passo 2: Acolhimento do grupo.
Passo 3: Apresentação do tema.
Passo 4: Apresentação de experiências.
Passo 5: Discussão de ações.
Passo 6: Fechamento do grupo.
E se possível que tenha pacientes, familiares, pessoas interessadas.

O trabalho em grupo:
*Facilita a relação interpessoal.
*Permite a troca de experiências entre pessoas que vivenciam situações similares.
*Favorece a interação social e melhora a relação com a família e com a sociedade.

 Epilepsia sob nova perspectiva:
As pessoas com epilepsia e suas famílias são um grupo social cuja condição pode ser aliviada na medida em que se tome consciência da situação, se elimine o estigma e se adaptem medidas efetivas para o tratamento e a inclusão social destas pessoas.
E finalizou dizendo: “ nós como profissionais da saúde, da educação, da área social, temos esse compromisso, esse dever, e nós contamos com você para colocar a epilepsia nessa nova perspectiva.”

Márcia Maria dos Santos Solha
Julho/2011

(4°) Vídeo-aula 26 - A valorização da cultura corporal da comunidade escolar


4°Módulo – Vídeo-aula 26: A valorização da cultura corporal da comunidade no currículo escolar

O Prof°Edson Azevedo apresentou uma experiência (Uh-Batuk-Erê: uma ação de comunidade) adotada por uma escola da rede municipal de ensino, no bairro de Tremembé, na zona norte de São Paulo.

O que fazer ?
Estabelecer a dialogicidade entre os diversos saberes e tradições identificando as etnias que formam o povo brasileiro.

Como fazer acontecer ?
Promover a arte como mediadora do multiculturalismo presente na identidade brasileira, orientada pela pedagogia da autonomia, da emoção do saber fazer consciente.

A ação acontece em cinco frentes:
Encontros de formação
Oficinas
Fóruns comunitários
Trilhas culturais/ Trilhas de observação do entorno
Apresentações dentro e fora da escola
E são os alunos que trazem a comunidade para dentro da escola – Protagonismo.

O que mudou ?
A relação como grupo
Atuação e envolvimento no espaço-escola
Compartilhamento de ações coletivas
Encontros comunitários
Redução de preconceitos e desigualdades

Que a Ação Uh-Batuk-Erê continue:
Buscando resultados concretos e mensuráveis
Ressignificando a escola como elemento agregador
Envolvendo a comunidade
Valorizando o saber popular associado ao sistematizado
Construindo a cidadania com emoção e conhecimento.
Formando e fazendo a nossa história.

E o prof°Edson termina dizendo:
“A Educação tem um papel de responsabilidade comunitária.
Educação: um processo contínuo.”

Márcia Maria dos Santos Solha
Julho/2011



(4°) Vídeo-aula 25 - Relações com as comunidades e a potência do trabalho em rede



4°Módulo – Vídeo-aula 25: Relações com as comunidades e a potência do trabalho em rede

A Prof°Patrícia Junqueira Grandino discorreu sobre o tema levantando os seguintes aspectos:

Contemporaneidade: Tempo de Paradoxos:
-Final do sec XX (últimos 35 anos) notáveis descobertas e progresso científicos, progressão do nível de vida.
-Crescimento econômico não garante a equidade, não garante o respeito pela condição humana.

Tensões:
-Cultura de massa x cultura local: tornar-se cidadão do mundo sem perder referências e pertencimento a comunidade de origem.
-Tradição x Modernidade: construir sua autonomia em dialética com a liberdade e a evolução do outro, dominar o progresso científico.
-Competição x Igualdade de oportunidades: conciliar a competição que estimula, a cooperação que reforça e a solidariedade que une.

Vivemos um tempo de fragmentação no qual a realidade é multifacetada e a sucessão de eventos assume um ritmo frenético.
Mais de 90% dos lares brasileiros tem televisão. Acompanhamos em tempo real os acontecimentos do mundo, ressoando em cada um de nós o impacto disso.
Frente a esses paradoxos e tensões que vão se acentuando.Com a cultura de massa  dissiminando valores e modo de existir generalizados, onde corre-se o risco de descaracterizar a essência da individualidade de cada pessoa e de cada grupo, temos por outro lado uma condição de acentuação maior das identidades locais.
A importância para os jovens de grupos de pertencimento com identidades próprias, ex: emos, skatistas, surfistas, enfim, composições grupais- sentimento importante na constituição de suas identidades.

Sobre a 3°tensão: competição x igualdade de oportunidades a Prof°Patrícia enfatizou:
“A competição não na sua forma destrutiva, mas de maneira estimulante, pode servir como desafio, como um instigado desejo de pessoas, grupos, alcançarem objetivos. E por outro lado é preciso desenvolver as outras formas de relacionamento mais participativos, cooperativos e que pressupõem um laço social mais compartilhado e efetivo. Essa  tensão nos possibilita perceber a importância do trabalho com comunidades.”

Comunidades – de que falamos?
Comunidade:
-Realidade social que garante a permanência de laços sociais mais estreitos. Locais de afirmação da identidade de sujeitos e grupos.
-Presença de afetos e sentimento de pertença e potencial de solidariedade pelo reconhecimento recíproco (família, associações, igrejas).
-Comunidade(s) podem ser considerada(s) espaço(s) privilegiado(s) de garantia e exercício da cidadania.

A potência do trabalho em rede:
Pensar a escola como um pólo de irradiação e de aglutinação desses recursos, que possam fortalecer a implicação desses diferentes atores com as questões dessa comunidade e os aspectos de enfrentamento dos problemas dessa comunidade.
É possível uma problematização de qualidade dos problemas dessa comunidade. Uma reflexão compartilhada de um mesmo problema com educadores, profissionais de saúde, alunos, pais e conselheiros tutelares.

Trabalho em rede:
-Potencializar os recursos da comunidade
-Fortalecer a implicação dos diferentes atores de uma comunidade
-Problematizar as questões emergentes da comunidade coletivamente
-Identificar estratégias de enfrentamento compartilhadas

Exemplo: Dificuldades de relacionamento entre adolescentes, famílias e escola:
Quais seriam os atores que poderiam ser convocados a participar dessa discussão e operar no sentido de pensar estratégias de intervenção para essa realidade ?

-Atores potenciais: professores, conselheiros tutelares, líderes religiosos, mães, pais, avós (a importância nessa perspectiva da tradição, as relações inter geracionais e o ganho que elas podem oferecer num trabalho de acolhimento e fortalecimento dos vínculos), educadores sociais, agentes comunitários de saúde, adolescentes, universidades.

-Organização de um plano de atividades ativas e participativas sobre a temática:
*Fóruns de discussão sobre o ECA.
*Formação de adolescentes multiplicadores de práticas de solidariedade comunitária.
*Oficinas de pais e educadores (efeito preventivo).

E a Prof°Patrícia encerrou dizendo: “com isso se potencializam os resultados, se fortalecem os vínculos e essas relações solidárias da comunidade passam a ser mais efetivas.”

Márcia Maria dos Santos Solha
Julho/2011


(4°) Vídeo-aula 24 - Papel das ONGs e Associações de Epilepsia




4°Módulo – Vídeo-aula 24: Papel das ONGs e associações de Epilepsia

O Prof°Li li Min comentou sobre a importância do papel das ONGs e, em especial, da “ASPE – Assistência à Saúde de pacientes com epilepsia, que nasceu para desenvolver uma campanha internacional.
Além de ter instituído o dia 9 de setembro como dia de conscientização da epilepsia, ainda municipal e também Latino Americano, mas que, em breve, se tornará  nacional, desenvolve outras atividades:
-Encontros Nacionais de Associações de grupos de pacientes com Epilepsia.
-Revista “Sem Crise”.
-Gibi – para o público jovem.
-Projeto “Mil Líderes” – treinar líderes comunitários que sirvam de multiplicadores levando as informações para a comunidade (fizeram, também, parceria com a Pastoral da Sáude).
-Projeto Conexão - para ampliar a Rede Social:  divulgando o tema epilepsia, promovendo a formação de redes sociais e parcerias na comunidade.
-Projeto GIS – grupos de interação social: promover a interação social de pessoas com epilepsia, família e comunidade.

O Prof° Li ressaltou três objetivos importantes das ONGs:
-Resiliência
-“Empowerment”
-Redes Sociais
E disse: “as ONGs tem um papel não meramente assistencial, mas de aumentar, melhorar a resiliência do paciente e seu familiar para que enfrente melhor a situação. E, também, o “empowerment” – empoderamento, isto é, dar o poder, a voz ao paciente, pois eles estão à margem da sociedade. Os pacientes têm direitos, mas para alcançar esses direitos eles precisam buscar. Você não ganha cidadania, ninguém te passa um título de cidadão, mas você precisa conquistar, fazer valer com a sua vontade e obter esse título de cidadania. E as Redes Sociais amarram esses aspectos dando sustentação ao paciente. A escola, você, professor, pode usufruir dessas Redes Sociais para ampliar as suas ações, fazendo com que você tenha muito mais respaldo, penetração e força de persuasão levando essas informações mais longe.”

E concluiu destacando que o papel das ONGs é de parceria. E falou: “busque uma delas e tente, busque  articular para um fim comum.”

Márcia Maria dos Santos Solha
Julho/2011