sábado, 9 de outubro de 2010

CONSIDERAÇÕES


Sejam Bem-vindos !

O blog FLOR ESSÊNCIA foi criado com o objetivo de postar os trabalhos realizados no Curso de Especialização: Ética, Valores e Saúde na Escola da Universidade de São Paulo.
Nesse 1°módulo, que se iniciou dia 12 de agosto e se encerra no dia 09 de outubro, foram apresentadas duas disciplinas em 27 vídeo-aulas, além da tutoria de projetos, que é uma atividade presencial ocorrida uma vez por semana.

As duas disciplinas, desse 1°módulo, foram:
-Temas Transversais e Estratégias de Projetos – 13 vídeo-aulas.
-Neurociências e Doenças Neurológicas com ênfase em epilepsia – 14 vídeo-aulas.

O trabalho aqui postado, que você lerá, é o resultado de análise, reflexão, interpretação, pesquisa a partir dos temas apresentados nas vídeos-aulas.
E esse trabalho, trabalhou em mim...
E,  verdadeiramente,  só dessa maneira que podemos retomar o trabalho com os alunos e convida-los a desbravarem novas dimensões e horizontes, uma vez que nós mesmos, como educadores, experimentamos “na própria pele”, vivenciamos esse novo despertar de dentro para fora.
E é esse o objetivo da educação.
E como diz um texto de autoria desconhecida:
"O verbo educar é originário do latim educare ou educcere e quer dizer extrair de dentro.
Não se constitui em mero estabelecimento de informações, mas sim, trabalhar as potencialidades interiores do ser, a fim de que floresçam"...
Daí, desejo-lhes Florescência, FLOR ESSÊNCIA...

                                               Márcia Maria dos Santos Solha
                                                         Outubro/2010

domingo, 3 de outubro de 2010

Vídeo-aula 27: Epilepsia em diferentes fases da vida

Vídeo aula 27: Epilepsia em diferentes fases da vida

O Prof°Li Li Min nos traz informações sobre a epilepsia:
-Condição neurológica grave, séria e muito frequente, que acomete uma de cada 100 pessoas,  1 a 2% da população; 274 casos novos por dia, sendo que 50% com início na infância e adolescência.

E nos pergunta: “como você vê esses alunos ?”
E comenta que “é uma doença cercada por muito preconceito, crença, e é preciso que se tenha informação para abrir diálogo sobre esse assunto que ainda é tabu em nossa sociedade.”

Apresenta-nos os tipos de epilepsia na infância e na adolescência.
Ao falar sobre a etiologia, o estudo das causas, comenta que a epilepsia tem várias causas.
E uma delas que se apresenta em adolescentes, jovens e adultos é o abuso de álcool e drogas.

E que as crises epiléticas tem a duração de 1 a 2 minutos e que se torna caso de emergência se ultrapassa os 5 minutos ou quando ocorrem uma crise após a outra, e que nesses casos é preciso chamar a remoção (192 – SAMU: serviço de atendimento móvel de urgência).

E no final diz: “foi um breve panorama para nos dar inspiração para buscarmos mais informações”.

                                                     Márcia Maria dos Santos Solha
                                                             Outubro/2010
 Veja os vídeos postados !

http://www.youtube.com/watch?v=dxi0bmJM7xE

Vídeo-aula 26: Epilepsia - diagnóstico e tratamento

Vídeo aula 26: Epilepsia – diagnóstico e tratamento

A Prof° Paula Fernandes inicia essa vídeo-aula contando um caso de crise epilética ocorrido em sala de aula e o quanto a desinformação do professor sobre o que é epilepsia e como lidar com isso, assim como a negação, omissão dos familiares para falar do assunto  e informar a escola do real estado de saúde dos filhos só agrava a situação e impossibilita o desenvolvimento integral do aluno.

E ela menciona: “esse caso de epilepsia em sala de aula nos remete à discussão do papel da escola e o papel dos profissionais e permite direcionar caminhos para a articulação de temáticas relacionadas à ética e à saúde no cotidiano das escolas.”
E com esperança enfatiza: “para que  a gente consiga juntos traçar estratégias para que mude essa perspectiva da epilepsia na sala de aula. Agora a gente sabe o que é.”

Comenta sobre como é feito o diagnóstico da epilepsia, porém ressalta que o que se quer não é que o professor, a escola saiba diagnosticar, mas conheça como é feito.
E acrescenta: “é um diagnóstico clínico, baseado nas informações que o paciente e a família levam. O eletroencefalograma, a ressonância magnética são exames complementares.

E há três causas da epilepsia que podem ser prevenidas:
-Neurocisticercose: ocorre através da ingestão dos ovos do verme da solitária decorrentes da falta de higiene (é preciso lavar as mãos antes das refeições; lavar bem as frutas e saladas).
-TCE: traumatismo crânio encefálico.
-AVC ou Derrame: uma das seqüelas depois do AVC é a epilepsia.

E o tratamento da epilepsia tem dois objetivos: eliminar as crises epiléticas e melhorar a qualidade de vida do paciente e para isso há:
Tratamento medicamentoso
Tratamento cirúrgico
Tratamento psicológico

E faz, a cada um de nós, um questionamento na expectativa de contar com a nossa participação no processo: “como você pode mudar essa perspectiva ?”

                                        Márcia Maria dos Santos Solha
                                                  Outubro/2010
 Veja os vídeos postados !

http://www.youtube.com/watch?v=SXCPmVwEbF8

http://www.youtube.com/watch?v=uFTVHrlRaTs

Vídeo-aula 25: Educação em Valores


Vídeo aula 25: Estratégia de Projetos e Educação em Valores - Prática em sala de aula III

Esta vídeo-aula é um continuação da anterior (24) onde, também, o Prof° Ricardo Ferreira Pataro,
nos mostra como a estratégia de projetos pode possibilitar a educação em valores na escola.

O projeto apresentado envolveu crianças de 10 a 11 anos e o tema foi: “Trabalho infantil e a educação no Brasil”. A temática transversal é o trabalho infantil.

E o projeto transcorreu dessa forma:
1°atividade: Renda per capita – exibição de vídeo
2°atividade: Atividade com narrativa – diálogo (evidencia um conflito e uma forma de resolução)
3°atividade: Com escola pùblica – troca de cartas entre alunos de escolas vizinhas. E na medida em que as crianças começaram a conhecer a realidade através da troca de cartas uma das perguntas mudou e passou para: “O que podemos fazer para ajudar as escolas públicas ?”
Para comprar os jogos educativos fizeram pesquisa de preços.
Quando foram entregar, localizaram as duas escolas no mapa, e traçaram o trajeto de uma escola até a outra.

Nesse exemplo aplicado por uma escola fica evidente, segundo o Prof° Ricardo, “como os conteúdos disciplinares podem ajudar a criança a entrar em contato com o mundo em que vive, a se indignar com as injustiças da sociedade e almejar uma vida digna para todos os membros.”
E descreve o que ocorre no projeto: “os conteúdos que são áreas disciplinares do conhecimento se interligando e ajudando a criança a conhecer o mundo em que vive.”

                                              Márcia Maria dos Santos Solha
                                                       Outubro/2010

Vídeo-aula 24: Construção da Rede

 
Vídeo aula 24: Estratégia de Projetos e a Construção da Rede - Prática em sala de aula II

O Prof° Ricardo Fernandes Pataro nesta vídeo-aula nos apresentou  as etapas básicas de um projeto e como se constrói uma rede:

1° etapa: Escolha do tema amplo relacionado à formação em valores – pela escola ou pelo grupo de professores.
2° etapa: Estudos de aproximação do tema
3° etapa: Escolha da temática mais específica para ser estudada– pelos alunos
4° etapa: Elaboração das perguntas do projeto partindo do interesse de alunos e alunas, referentes ao que eles querem investigar na temática transversal.
5° etapa: Planejamento docente das estratégias e metodologias articulando as perguntas aos conteúdos disciplinares – Já construindo a rede que será preenchida pelos professores (conteúdos de matemática, língua portuguesa, história e ciências)
6° etapa: Busca coletiva de resposta às perguntas do projeto – O projeto segue com atividades e pesquisas em busca de respostas às questões das crianças
E a rede promove registro do percurso das atividades e relações entre as disciplinas.

O projeto apresentado como exemplo foi com crianças de 10 a 11 anos e o tema : Trabalho infantil e a educação no Brasil.

                         Márcia Maria dos Santos Solha
                                     Outubro/2010
 
 
 

Vídeo-aula 23: Epilepsia - conceitos gerais

Vídeo aula 23: Epilepsia – Conceitos gerais

A Prof° Paula Fernandes nos falou:
-Epilepsia é a condição neurológica grave mais comum existente no mundo.
-50% dos casos começam na infância ou na adolescência.  
-Pessoa portadora sofre com preconceito e estigma.

Também comentou os diferentes tipos; as características da epilepsia nas diferentes fases da vida (infância, adolescência e fase adulta).
Mencionou uma campanha global iniciada em 1997 pela OMS chamada: Epilepsia fora das sombras.

E deu Ênfase na questão da epilepsia e a escola e nos informou:
“A frequência é muito alta na idade escolar  e as dificuldades não se dão, apenas, no âmbito do desempenho escolar, mas na interação com os coleguinhas da classe.
E estudos mostram que há dificuldades cognitivas e há fatores psicológicos implicados no quadro.
Quanto aos aspectos cognitivos: alguns tipos de epilepsia podem acarretar déficit cognitivo; alguns medicamentos também pode atrapalhar o desempenho acadêmico e a interação.
Quanto aos fatores psicológicos: pode ocorrer baixa expectativa de pais e professores; baixa autoestima e autoconfiança; rejeição.”

E  a Prof° Paula ressalta:
“Para isso os professores, a escola, tem que ser orientados de como proceder numa crise epilética, o que falar para os coleguinhas, para que a criança tenha essa inserção de maneira adequada e consiga o seu desenvolvimento integral.”

E assim nos informa como proceder numa crise epilética , sendo a duração  de 1 a 2 minutos e que se prolongar para  mais de 5 minutos deve-se chamar assistência e a pessoa ser removida para tratamento médico hospitalar, pois trata-se do quadro chamado “mal epilético”.

E acrescenta:
“A epilepsia existe desde que a humanidade existe e as crenças começaram daí e passaram de geração a geração e não tem nenhuma base científica”.
E nos fala da importância de desmistificar a epilepsia e solicita a nossa participação:
“...Que você ajudasse a colocar a epilepsia sob uma nova perspectiva começando dentro de sua sala de aula. Você tem esse papel de acolher bem essa criança, esse adolescente, esse adulto.
Conhecendo mais você ajuda essa pessoa a ter um tratamento integral, adequado e consequentemente ajuda a diminuir o estigma, o preconceito e a melhorar a qualidade de vida desse paciente que precisa estar inserido na sociedade. E você tem esse papel, você pode contribuir para isso como professor, coordenador.”
                                                                          Márcia Maria dos Santos Solha
                                                                                      Outubro/2010
Veja os vídeos postados !
http://www.youtube.com/watch?v=8bb7KnJIQ9A
http://www.youtube.com/watch?v=1UtPd3BDLI4

Vídeo-aula 22: AVC

Vídeo aula 22: AVC

O Prof° Li Li Min nesta vídeo-aula nos falou que o AVC (Acidente Vascular Cerebral), popularmente conhecido como derrame é a principal causa de morte no Brasil e no mundo. Porém esse acidente é anunciado e possível de se prevenir, pois além se  evitar o grande número de mortes,  se evitará as seqüelas como a incapacidade física motora, a epilepsia, etc..., havendo um menor número de casos que consegue a reabilitação social completa uma vez tendo sido acometido desse quadro.
Só que essas informações devem chegar e fazer parte dos saberes da escola e ser propagado, disseminado para profissionais, alunos, familiares, comunidade, enfim toda a sociedade.
A prevenção se dá pelo controle dos fatores de risco que são:
1-tabagismo
2-sedentarismo
3-alimentação inadequada
4-obesidade
5-hipertensão/diabetes
E a longo prazo isso vai provocando um quadro de aterosclerose.

E o Prof°Li Li Min ressaltou: “as escolas devem discutir esse assunto dado ao fato que esses fatores não são agudos, mas sim um processo crônico a longo prazo,  possíveis de se prevenir, desde que seja instaurada uma vida saudável. Isso evita que a pessoa vá ao encontro desses fatores de risco e evita que ela venha a desenvolver um acidente vascular cerebral.”

E quando ocorre, oProf°Li Li Min nos disse:
“O problema é que os pacientes não conseguem reconhecer que estão tendo um AVC e chegam muito tarde a um atendimento especializado.
Então é preciso que se eduque a sociedade de como fazer um diagnóstico diante de um quadro suspeito e o que fazer dali em diante.

Diante de uma suspeita, o que se faz ? – Três procedimentos:
-Levante os braços : um dos sintomas é a fraqueza de um dos lados.
-Sorria: um lado do rosto vai ficar assimétrico.
-Fale: “adoro dias de sol” – alteração da linguagem
Verifique um desses três sintomas e caso necessário, chame o serviço de remoção SAMU 192, pois “Tempo é cérebro !”.”

E o Prof°Li Li Min acrescentou: “quanto mais rápido chegar a um serviço  especializado e ser submetido a um tratamento, isto pode modificar a evolução do quadro, pois a cada minuto, quando falta suprimento de sangue no cérebro, há morte de neurônios.
E termina nos indagando:
“Como você pode trabalhar com esse tema na sala de aula com os alunos ?”
E completa: “a esperança é que efetivamente a gente possa, a longo prazo, diminuir a taxa de mortalidade de AVC no nosso país.”
                                                       Márcia Maria dos Santos Solha
                                                            Outubro/2010

Veja os vídeos postados !
http://www.youtube.com/watch?v=E4QaaQFKbUY&feature=fvst
http://www.youtube.com/watch?v=v_Mf9KeOR9g&feature=channel

Vídeo-aula 21: As questões de gênero no cotidiano escolar





Vídeo aula 21: Práticas de Projeto e Transversalidade em sala de aula: as questões de gênero no cotidiano escolar

– Prática em sala de aula I

A Prof°Brigitte U.S.Haertel nos falou que “o pressuposto que rege os temas transversais é a oportunidade que todos nós, como educadores, temos de fazer uma reflexão a respeito dos fatores culturais presentes na nossa sociedade.
Os temas transversais, para além dos saberes mais tradicionais presentes nas disciplinas, permitem abordar a formação moral do sujeito. Sujeito esse com o qual nós sonhamos quando elaboramos o Projeto Político Pedagógico: crítico, ativo, autônomo, consciente e ético, isto é, sujeito da sua própria história.”

E comenta que para os temas transversais temos alguns eixos propostos:
-Ética
-Pluralidade cultural
-Meio Ambiente
-Saúde
-Orientação sexual
-Temas locais
E acrescenta: “através desses temas abordamos questões mais complexas da formação do indivíduo.”

Em seguida ela nos disse que Pedagogia de Projetos ocorre através desses passos:
1-Tema transversal –selecionado por um grupo pedagógico, é uma decisão pedagógica coletiva.
2-Adesão voluntária
3-Projeto Interdisciplinar – através de planejamentos coletivos.

E em seguida ela apresentou um exemplo desse tipo de projeto, cujo tema era  questões de gênero onde foram envolvidos alunos e pais.


                                               Márcia Maria dos Santos Solha
                                                          Outubro/2010

Vídeo-aula 20: Sentimentos e Afetos como tema transversal


Vídeo-aula 20: Sentimentos e afetos como tema transversal

No livro "Ética, Valores Humanos e Transformação", Ruy Cezar do Espírito Santo, no capítulo de sua autoria, inicia o texto com a seguinte citação:
“Recentemente o Jornal do Brasil noticiou um fato extremamente curioso, que dizia respeito a uma mulher que criava um leão em casa, na cidade do Rio de Janeiro. Sua vizinha, preocupada com o acontecimento, denunciou o ocorrido à Prefeitura. Ao chegarem ao local, os fiscais da municipalidade indagaram da dona de casa se era verdade que tinha um leão em casa. Ao responder, a mulher assim se expressou:
-Olhe, na verdade, ele nem sabe que é leão, pois foi criado como cachorro !
Ao que redargüiu a denunciante presente:
-Sim, mas à noite ele ruge !
Replica a dona da fera:
-É verdade que não consegui ensiná-lo a latir...
Essa pequena crônica do cotidiano do Rio de Janeiro pareceu-me muito saborosa para inaugurar este trabalho.
Não tenho muitas dúvidas de que os seres humanos “não se lembram mais de que são seres humanos”, pois não tem sido educados como tais. Ainda que à noite possam “rugir” para relembrar sua humanidade, largamente perdeu-se o sentido profundo do “ser humano”.”

E Regina de Fátima Migliori autora de um outro capítulo do mesmo livro nos diz:
“Estamos tão habituados a  um modelo de vida fragmentado, que não nos permitimos perceber o quanto estamos desligados não só da realidade, mas de nós mesmos. É preciso buscar  incessantemente responder às questões: Quem sou eu ? O que pretendo oferecer ao mundo ? O conhecimento de si mesmo traz a consciência e a responsabilidade pela autoria de nossas ações e nos prepara para entrarmos em ação.
...Quando tomo consciência da minha atuação, começo a perceber a sua dimensão, e posso me surpreender com os limites da sua repercussão, que vão muito além do que inicialmente eu poderia supor.
 Trata-se do ser humano e seus potenciais em ação na sua realidade próxima, conectados a um universo mais amplo: a comunidade, a cidade, o país, o planeta, o universo.
 O potencial é individual, a ação, local, e a repercussão, planetária. Esses três níveis estão constantemente integrados. Não há como separá-los. “O que faço aqui” terá repercussões que se estendem no eixo do tempo e do espaço. A ação não é um fato isolado. Um ponto de vista integrador aplicado à nossa atuação nos faz compreende-la como sendo ação e  a sua repercussão. Não há ação isolada.”

E Maria Dolores Fortes Alves em seu livro “Favorecendo a inclusão pelos caminhos do coração” comenta: "Enquanto a UNESCO discutia os caminhos epistemológicos da construção da interdisciplinaridade pelo viés de ligação, do diálogo, da interação entre as disciplinas, das ciências, os teóricos franceses, bem como Ivani Fazenda e outros, discutiam-na pelos vieses da subjetividade, pelo espaço-encontro intersubjetivo. Era dado o olhar ao humano/mundo, ao humano no mundo, para a existência humana, para a ligação afetiva entre os sujeitos que interagiam para construção dos saberes.
 E, interdisciplinaridade faz-se como um espaço de construção, um espaço de abertura, diálogo, ligação, religação, criação congruente, coerente porque nele habita o ser que o faz.
...Digo aqui que a interdisciplinaridade é a maiêutica do si mesmo, visto que é integradora da ciência e da alma. E, para integrar o outro em mim, é necessário conhecer o si-mesmo de mim. Quem sou eu ?
...A reflexão interdisciplinar e transdisciplinar e o autoconhecimento se fazem como possibilidade para superação da dicotomia objetividade/subjetividade e, adiante, estabelecer as bases para a construção de uma identidade coletiva, de uma identidade planetária ecossistêmica, tendo em vista a complexidade das relações.”
 E Marilu Martinelli no capítulo de sua autoria do livro: “Ética, Valores Humanos e Transformação” diz: “Educar é conduzir energias e estimular o desejo de aprender, desenvolvendo no indivíduo todos os níveis de sua personalidade, fortalecendo o caráter e estimulando a criatividade.
 É preciso ensinar a pensar a partir dos valores universais para os particulares, estimular a auto-análise e a autodescoberta. O ser humano deve ser educado para responder aos desafios externos e internos. O diálogo com a alma estabelece-se de forma vital em cada aspecto da personalidade, pois é essencialmente energia inteligente.
...Certamente o redimensionamento da sociedade deve começar pela educação adequada e a formação do educador adequado. O professor não pode continuar sendo um simples transmissor de informações, mas alguém que descortine horizontes.”

No início da vídeo-aula a Prof°Valéria Arantes disse: “ meu objetivo principal é trazer à vocês uma experiência concreta, prática de como inserir os sentimentos e afetos na estrutura curricular da escola, como tomar os sentimentos como tema transversal.”

E trouxe três conceitos que legitimam o trabalho com valores, pois estão intimamente ligados à sentimentos e afetos:
1-Valores
2-Autoestima
3Autoconhecimento

Valores:
E nos dá a seguinte explicação: “o conceito clássico de valores segundo Piaget: são trocas afetivas que o sujeito realiza com o meio exterior. Os valores surgem de projeção de sentimentos positivos sobre objetos, pessoas e ou relações e ou sobre si mesmo. Não estou me referindo a valores morais.
É um valor quando eu projeto  um valor positivo. Se projeto sentimentos positivos sobre um carro, o objeto vai tornar-se um valor para mim. Valor é aquilo que eu gosto e contravalor  é aquilo que eu não gosto.
 Se valor é construído a partir dessa projeção de sentimentos positivos, esse processo está intimamente relacionado a dimensão afetiva; dos sentimentos. Daí a importância de trabalhar sentimentos na escola.

Autoestima:
É fundamental para a construção da cidadania, entendendo essa cidadania como busca da felicidade.
Diz respeito à autoimagem que o sujeito constrói de si mesmo. Sensibilidade de se perceber de uma forma positiva.
Que tipo de sentimento eu projeto sobre mim mesmo?

Autoconhecimento:
É o processo de autoregulação que o sujeito constrói e vai contribuir para a própria conduta.
Dimensão da sensibilidade para se perceber, ter consciência dos próprios sentimentos, valores, idéias. Ter conduta coerente com aquilo que a gente acredita.
Se fala muito de autonomia, mas pouco de autoconhecimento.”

E nos fala que a pergunta central dessa vídeo-aula é:
 “Como é incorporar os sentimentos e afetos no cotidiano de nossas escolas ? Como eu posso incorporar isso numa educação voltada para a cidadania, para uma educação em valores ?”
E nos traz a resposta:
“Transformando os sentimentos e afetos em objetos de ensino-aprendizagem, em objetos de conhecimento”.

E nos apresentou um projeto em sala de aula com crianças.
E também nos mostrou os aspectos importantes para desenvolve-lo:
“1°Tem que ser relacionado com as situações do cotidiano, que são o ponto de partida e o ponto de chegada.
2°Deve-se  tomar os sentimentos e afetos, não apenas no nível das relações interpessoais, mas como objeto de ensino-aprendizagem.”.

E acrescentou,“a Educação em Valores, a Educação em Cidadania passa por:
1°Diagnosticar a situação
2°Promover encaminhamento
3°Assumir a responsabilidade sobre a problemática levantada.”
                                              
                                              Márcia Maria dos Santos Solha
                                                         Outubro/2010

Video-aula 19: Outros transtornos neurológicos - Dislexia

Vídeo-aula 19: Outros transtornos comuns – Dislexia

Nesta vídeo-aula a Prof° Paula Fernandes nos falou que existem vários tipos de doenças neurológicas e existem, também, alguns transtornos específicos que não são considerados doenças, mas que acontecem como resultado de um funcionamento inadequado do cérebro: TDAH  (Transtorno de Deficit de Atenção/Hiperatividade) e Dislexia, entre outros.
E apresentou a definição de dislexia: transtorno específico de leitura, caracterizado por dificuldades no reconhecimento de letras, na decodificação e na soletração de palavras. E nos listou os principais sintomas, as principais características dessa criança e as dificuldades que ela apresenta.
Sobre as causas comentou que não foram estabelecidas claramente, mas é uma possível questão genética.
E 50% dos casos tem correlação com TDAH.

E enfatizou: “ nós não queremos que você, professor,  faça o diagnóstico de crianças com dislexia ou que façam o tratamento. O importante é saber identificar que crianças que tem determinada dificuldade e fazer o encaminhamento correto. Nós sabemos que a identificação precoce é um fator muito importante para o prognóstico da dislexia. Quando o diagnóstico é feito de maneira precoce e o tratamento começa rápido, nós sabemos que o prognóstico da dislexia nessa criança é muito bom.”

O que fazer ?
-Identificação precoce
Tratamento: programas fonoaudiólogos associados à psicoeducação, aulas de reforço individual, psicoterapia e também o acompanhamento neurológico.
Melhora: depende da intensidade dos sintomas e das condições de estimulação.

E a Prof° Paula deu ainda ênfase na necessidade de se fazer o mais cedo possível o diagnóstico e se iniciar o tratamento. E acrescentou: “depende, também, da estimulação do ambiente. É super importante que essa criança seja estimulada de maneira adequada. Ela precisa ter um acompanhamento individual para que ela consiga aprender essas letrinhas e, consequentemente, aprender palavras, a ler, a escrever. O acompanhamento individual dessa criança é fundamental.”

 E termina dizendo: “então é preciso que o professor saiba o que é a dislexia; saiba identificar nas suas crianças alguns sintomas, para que a gente consiga mudar a perspectiva dessa situação dentro da escola.”

Portanto é preciso que o professor retome, resgate a real natureza da sua atividade docente e, portanto, do seu papel de educador que é promover, facilitar, estimular o desenvolvimento, a formação do aluno e não apenas sua informação. Além disso trata-se, também, do resgate do verdadeiro papel da escola como um centro disseminador, propagador de conhecimento, de saberes para seus profissionais, alunos, familiares, comunidade, enfim, toda a sociedade, com o apoio e a coordenação de centros de excelência de pesquisa, num diálogo profundo e constante com a comunidade a quem devem servir, ouvir, falar e atuar.
E abordando, trabalhando  temas, como a saúde,  com o foco da atualidade, segundo Carlo Bresciani, que é  a prevenção, reabilitação e educação de saúde. Sendo portanto saúde, segundo esse autor, um projeto de vida,  e um bem e uma responsabilidade pessoal e social, cabendo à pessoa assumir o compromisso criativo para com a sua própria saúde.
                                                                              Márcia Maria dos Santos Solha
      Veja os vídeos postados !                                                Setembro/2010

    http://www.youtube.com/watch?v=i8JrxgclKDI

Vídeo-aula 18: Doenças Neurológicas

Vídeo-aula 18: Doenças Neurológicas

Antigamente a prevalência de morte era por doenças infectocontagiosas, hoje as doenças são mais decorrentes do estilo de vida.
Segundo um estudo da Universidade de Stanford para se viver mais:
17% depende de questões genéticas
20% meio ambiente
10% assistência médica
53% estilo de vida

E bom estilo de vida = qualidade de vida:
- Alimentação saudável
- Exercício regular
- Sem fumo
- Controle do consumo de álcool
- Controle do estresse

Porém as pessoas precisam dar-se conta disso, pois hoje saúde deixou de ser sinônimo de isenção de doença para se tornar um projeto de vida e, dessa forma, precisa ser compreendida como um bem pessoal e social, que demanda,  portanto, responsabilidade tanto pessoal como social.

Além disso o aumento de expectativa de vida trouxe a cada um e à sociedade novos desafios sendo o ponto crucial : equiparar a “quantidade” de vida (anos) à qualidade de vida.

Daí que a escola deve retomar seu devido e verdadeiro papel de propagador de informações, conhecimento, sensibilizando alunos, pais, profissionais e comunidade para as questões fundamentais como essas: saúde; estilo de vida; qualidade de vida, que envolvem o bem-estar pessoal e social.

Pois passamos de um sistema que procurava restaurar a doença para um sistema que põe a saúde como centro. Antigamente tudo girava em torno do doente a ser curado e da doença a ser combatida. Atualmente o foco é na prevenção, reabilitação e educação da saúde, num esforço por identificar as causas, ou pelo menos reduzir os riscos.
Só que as pessoas necessitam de informações. No caso, como indagou o Prof°Li Li Min, “por que as doenças neurológicas são tão pouco comentadas na escola ?” e, também, tão pouco conhecidas ?
 Alunos acometidos  por essas doenças e seus familiares,  muitas vezes, se sentem constrangidos de comentar. E professores não dispõem de informações e preparo para lidar com isso.
É tempo de mudar essa realidade !

As doenças neurológicas citadas nesta vídeo-aula, pelo Prof° Li Li Min foram:

                              
                             Márcia Maria dos Santos Solha
                                          Setembro/2010

Video-aula 17: Pedagogia de Projetos

Vídeo-aula 17: Pedagogia de Projetos


Nesta vídeo-aula o Prof°Ulisses Araujo nos apresentou a Estratégia de Projetos em Educação, que é uma metodologia que ele vem estudando e pesquisando.
Ele a descreve como tendo um ponto de partida, tendo um planejamento, mas o professor é um estrategista, isto é, tem a possibilidade de ir mudando, ir adaptando no transcorrer, e alterando o rumo quando necessário, daí a razão e a ênfase na palavra estratégia.
Já a palavra projeto no dicionário quer dizer: idéia que se forma de executar ou realizar algo no futuro; plano; intento; desígnio

Como exemplo prático,  nos foi mostrada a experiência da Escola Comunitária de Campinas onde se utiliza essa metodologia em todas as séries.
O Prof°Ricardo Pátaro, que se utiliza da estratégia de projetos em educação há 8 anos, é um dos professores dessa escola e  nos apresenta o projeto desenvolvido no 5°ano sobre escravidão.

A Estratégia de Projetos está centrada em dois conceitos importantes na educação: a interdisciplinaridade e a transversalidade.

O Prof°Ulisses nos falou que na Interdisciplinaridade a palavra chave é diálogo entre os campos de especialização, isto é, entre as diferentes disciplinas, onde cada professor não vai só falar, dar a sua interpretação a partir da disciplina dele, para aquele fenômeno, mas também ouvir a explicação dos outros.
Já na transversalidade o foco é nos fenômenos que perpassam esses campos disciplinares, que são temáticas transversais, mas elas não se limitam a compreender melhor o fenômeno, tem uma preocupação mais de natureza ético-política, isto é, pensar, refletir sobre:
Para que a ciência ?
Para que nós queremos formar nossos alunos ?

E o Prof° Ulisses encerra nos dizendo que um projeto consistente, competente, abre a possibilidade do aluno se desenvolver não só na dimensão do conteúdo escolar, mas dá condição para que o aluno  problematize o mundo lá fora, e venha buscar respostas para as suas dúvidas. E,  principalmente, levante perguntas e busque respostas que tem essa natureza ético político social, que o possibilite a  compreender o mundo lá fora visando a transformação do mundo.

Não apenas interpretar o mundo, mas transformá-lo. A interpretação sem a intenção de transformar, é vazia, assim como a transformação sem a interpretação é cega”
                                                                                                   Jean Piaget

“Na verdade, meus amigos, não é o discurso que diz que a prática é válida; mas é a prática que diz se o discurso é válido ou não.”                  Paulo Freire

                              
                             Márcia Maria dos Santos Solha
                                          Setembro/2010