terça-feira, 10 de maio de 2011

CONSIDERAÇÕES SOBRE O 3°MÓDULO

Como eu havia mencionado  anteriormente, o  blog FLOR ESSÊNCIA foi criado com o objetivo de postar os trabalhos realizados no Curso de Especialização: Ética, Valores e Saúde na Escola da Universidade de São Paulo.
Esse 3°módulo, que se iniciou dia 03 de março e se encerrou dia  30 de abril, teve como temas: Saúde e Educação, que foram apresentados em  duas disciplinas, com 28 vídeo-aulas, além da tutoria de projetos, que é uma atividade presencial ocorrida uma vez por semana.

As duas disciplinas, desse 3°módulo, foram:
-Educação Especial Inclusiva e Epilepsia: -14 vídeo-aulas.
-Profissão Docente: -14 vídeo-aulas.

Espero que a sua leitura seja proveitosa.
Termino desejando-lhes Florescência, FLOR ESSÊNCIA.
                                                                         
                                                                      Márcia Maria dos Santos Solha
                                                                                      maio/2011



sábado, 7 de maio de 2011

(3°) Vídeo-aula 28 - O professor não pode estar só: o espaço interdisciplinar.


3º MÓDULO – Vídeo-aula 28: O professor não pode estar só: o espaço interdisciplinar
A Prof° Jaqueline Crempe, após uma análise sobre os sentimentos que acompanham  as crianças e os professores frente as dificuldades a que se deparam, apontou como uma possibilidade de parceria a equipe interdisciplinar, que é mais adequada, abrangente e que permite uma visão integral do indivíduo.
Fez uma comparação com a equipe multidisciplinar e mencionou:
“No atendimento multidisciplinar a criança e o adolescente podem ser vistos de modo fragmentado, com possibilidade de repetições nos atendimentos e lacunas nas ações”.
Já, quanto ao interdisciplinar comentou:
“No atendimento interdisciplinar há um compartilhamento de saberes, ampliação de perspectivas e possibilidade de compreensão da criança e do adolescente em sua complexidade e potencialidade.”
E complementou:
“Na equipe interdisciplinar (intra e extra escolar) há uma ampliação das perspectivas e possibilidades:
-Na maneira de compreender o aluno com necessidades educativas especiais (necessidades e possibilidades)
-Na maneira de (re) ver / compreender o papel do professor (limites e possibilidades)”
E para finalizar ressaltou:
“Não podemos deixar de exigir das equipes escolares e das equipes que atuam na comunidade, parceria e apoio no processo de inclusão”.
Márcia Maria dos Santos Solha
Maio 2011

(3°) Vídeo-aula 27 - O professor não pode estar só: parcerias dentro da escola.


3º MÓDULO – Vídeo-aula 27: O professor não pode estar só: parcerias dentro da escola.
A Prof°Cláudia Yazlle abordou o mesmo assunto, que já havia apresentado na vídeo-aula 24 : a complexidade do processo de inclusão e os protagonistas envolvidos.
O recorte que faço, que acrescenta, ao que já foi mostrado na outra aula dela é:
“Hoje, o que está posto é a heterogeneidade, a diversidade”.
“Esse olhar para perceber a diferença, mesmo num grupo que, aparentemente, é homogêneo, é muito importante. É uma contribuição do processo de inclusão.”
Márcia Maria dos Santos Solha
Maio 2010

(3°) Vídeo-aula 26 - Professor Autor



3º MÓDULO – Vídeo-aula 26: Professor Autor
“O mínimo que se exige é que cada professor elabore com mão própria a matéria que ministra. Tal elaboração será uma síntese barata, se for reprodutiva, mas será criativa, se acolher tonalidade própria reconstrutiva”     Pedro Demo
“Autonomia docente não se conquista sem um estilo de ensinar.  Autonomia docente é uma conquista artística com o nosso próprio estilo e personalidade.”
O Prof° Gabriel Perissé fez uso dessas citações para falar da terceira, e última, dimensão da formação do docente:
1°Dimensão – Leitura: primeiro lemos, interagimos com o texto da vida.
2°Dimensão – Reflexão: num segundo momento, e simultaneamente, refletimos, pensamos, assimilamos.
3°Dimensão – Autoria: logo na sequência estamos criando, co-criando, produzindo, sendo autores.
Voltou a mencionar, como fez nas vídeo-aulas 22 e 25 a citação:
“A experiência da leitura pode questionar, ampliar, revolucionar, aperfeiçoar nossa visão de mundo. E nos faz criar um sistema pessoal de convicções”.
E disse: “quando eu crio um “SPC”, eu crio e tenho que expressar”.
E que a fala , a linguagem estão muito unidas ao pensamento. Estamos sempre falando com os outros ou conosco mesmos.
Ler, pensar significa questionar.
E enfatiza que essa dimensão do professor autor esbarra nessa frase: “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. E questiona: SERÁ ?
E diz: “Um profissional da Educação, que não é verdadeiramente autor das suas idéias, das suas ações, e simplesmente obedece (servil), não pode ser propiciador de autonomia. E aí está uma falha tremenda, quando nós dizemos que estamos formando as pessoas para a autonomia, a crítica, e, nós mesmos, não exercitarmos a autonomia, a crítica, e não temos liberdade para tomarmos decisões dentro do âmbito que nos é próprio.”
E complementa: “A autoria está muito ligada ao exercício da liberdade. O criador é livre, cria as próprias regras do seu fazer. Ele cria sintonia, entra em êxtase – produção misteriosa, as próprias cores querem ser pintadas. E isso deve estar presente na sala de aula. Quando o professor está acorrentado,  fatalmente, isso recairá sobre os alunos.”
Ele salienta a importância da participação do docente na web: “cabe ao professor educar a web, porque como qualquer âmbito de convivência, há de tudo, e nosso papel como educadores não é só dar a lição de casa, mas viver a nossa própria lição dentro  de todos os ambientes. Isso nos compromete muito mais. Não somos apenas cumpridores de tarefas, aulistas, temos um papel de liderança na sociedade.”
E encerra reforçando as três ações triviais, e tão necessárias, da formação e da prática docente:
LER; PENSAR; ESCREVER/SER AUTOR
Conclui dizendo: “elas coincidem com a nossa própria existência”.
Márcia Maria dos Santos Solha
Maio 2011

(3°) Vídeo-aula 25 - Professor Pensador


3º MÓDULO – Vídeo-aula 25: Professor Pensador
“O homem naturalmente quer saber.”       Aristóteles
“Tu és a tua própria lição de casa.”         Franz Kafka
“É o choque do imprevisto que nos obriga a pensar, que nos comove inteiramente, que nos deixa perplexos, que nos leva a problematizarmo-nos, a pensar o que até agora não podíamos pensar.”                 Walter Koan
“O exercício da curiosidade, da reflexão e do diálogo com o extramental nos leva ao momento das decisões”
O Prof°Gabriel Perissé se utiliza dessas citações na sua abordagem sobre o tema  e fala que não somos só continentes, receptores; aprendemos o conteúdo, refletimos e assimilamos. Nisso se encontra o exercício da curiosidade e da reflexão.
E quando assimilo, que etimologicamente significa tornar-se semelhante, me torno , então, semelhante aquilo que estou conhecendo, aprendendo. E conhecendo vamos renascendo (em francês a palavra tem esse significado), nos casando com a realidade e gerando filhos.
É constitutivo do ser humano uma curiosidade insaciável, um pensamento vivo, dialogante, inquieto.
E ressalta que podemos promover um trabalho anti pedagógico quando frente às perguntas das crianças e adolescentes respondemos mal ou não respondemos. Devemos sim suscitar mais curiosidade, mais perguntas, pois nisso consiste o trabalho docente.
E menciona novamente a citação, presente na vídeo-aula 22:
“ A experiência da leitura pode questionar, ampliar, revolucionar, aperfeiçoar nossa visão de mundo. E nos fazer criar um sistema pessoal de convicções.”
E finaliza dizendo:
“Se ler é assimilar, eu me transformo um pouquinho naquilo que li, eu apreendo e assimilo um pouco a visão de mundo e com isso amplio, revoluciono a minha visão de mundo.
Essa é a relação que há entre leitura e pensamento. Eu leio não apenas para decifrar, mas para compreender a leitura e o que vai além da leitura, para me compreender.”
Márcia Maria dos Santos Solha
Maio 2011

(3°) Vídeo-aula 24 - Modelos de ensino: das concepções docentes às práticas pedagógicas.



3º MÓDULO – Vídeo-aula 24:  Modelos de ensino: das concepções docentes às práticas pedagógicas.
A Prof° Claudia Yazlle se propôs a refletir sobre os desafios que a inclusão tem trazido num contexto de mudança, de transformação da Pedagogia, das funções da Escola, dos novos modelos de ensino e de práticas que a Escola deve desenvolver e, mais especificamente, o professor.
Ressaltou que a LDB e o ECA lhes garante esse direito.
Apontou como protagonistas centrais do processo de inclusão: a criança com necessidades educativas especiais, os pais, os professores e os profissionais de saúde. Sendo que há, também, outros protagonistas: as crianças da turma, os outros pais, professores da equipe, demais funcionários da escola, direção, coordenação, etc.
E refletiu sobre os desafios que está posto para cada protagonista desse processo.
Márcia Maria dos Santos Solha
Maio 2011


(3°) Vídeo-aula 23 - A educação de pessoas com necessidades especiais é de fato ineficaz?


3º MÓDULO – Vídeo-aula 23: A educação de pessoas com necessidades especiais é de fato ineficaz?

A Prof° Kátia Amorim disse que o  aluno que não acompanha é visto como: diferente; comprometido; deficitário; deficiente. E o professor pode achar que não adianta o investimento nele.
Porém, pensar nessa regularidade, linearidade, que todos façam igual e ao mesmo tempo, fere noções de desenvolvimento e aprendizagem que consideram a complexidade e, só assim, com o olhar sob a complexidade, podemos trabalhar de forma produtiva.
E trouxe alguns questionamentos:
É  possível ensinar alguma coisa além da socialização ?
É possível dizer que sim ou dizer que não, senão tentar ?
É possível prever o futuro ?
E abordou dois aspectos fundamentais:
1-Plasticidade Cerebral
2-O papel fundante do “outro” e do meio
A Plasticidade Cerebral é uma propriedade do Sistema Nervoso, que permite o desenvolvimento de alterações estruturais e funcionais.  É o potencial que o cérebro tem de uma recuperação funcional por causa de uma lesão, de alguma alteração do seu funcionamento. É uma capacidade adaptativa do cérebro, havendo várias teorias para explica-la.
E ressaltou: “quando eu recebo uma criança eu preciso investir nela, pois pode ocorrer um salto no seu desenvolvimento, já que ela tem uma possibilidade, uma plasticidade para se adaptar, para recuperação funcional que a gente desconhece. Existem lesões potencialmente recuperáveis, mas, para tanto, necessitam de objetivos precisos de investimento.”
Para tanto precisamos fazer um diagnóstico, nós, e a área da saúde.
Aliás, é preciso reconhecer as dificuldades e as potencialidades das crianças com ou sem deficiência.
Não posso predeterminar qual vai ser o limite do desenvolvimento do indivíduo. Eu tenho que investir, para poder saber qual o limite. E conhecer, saber o diagnóstico, para poder fazer um planejamento de ensino.
E finaliza dizendo: “como é espetacular o desenvolvimento humano, que tem uma plasticidade cerebral, que pode chegar em pontos de desenvolvimento que a gente nunca supôs de antemão. E essa capacidade depende, necessariamente, da relação professor-aluno. É da relação com o meio, que a criança vai se transformar e se desenvolver.”
Márcia Maria dos Santos Solha
Maio 2011

(3°) Vídeo-aula 22 - O professor leitor


3º MÓDULO – Vídeo-aula 22:   O professor leitor
“Escrevo um livro para ver se me livro”                  Adélia Prado
“Porque existem analfabetos para as entrelinhas”     Guimarães Rosa        
“A experiência da leitura pode questionar, ampliar, revolucionar, aperfeiçoar nossa visão de mundo. E nos fazer criar um sistema pessoal de convicções”.
Com essas duas frases e essa citação o Prof°Gabriel Perissé apresentou essa vídeo-aula enfatizando:
“Toda leitura é um aprendizado à distância: uma forma de aproximação com diversas realidades. E podemos dizer que todo aprendizado é leitura – lê-se o mundo como dizia Paulo Freire.
Leitura é abrir-se para a realidade. O professor é uma espécie de livro – abertura de horizontes para o aluno. Daí que o professor tem que ser leitor. Porém o professor não tem hábito de leitura. E é fundamental que ele saiba ler nas linhas, nas entrelinhas para interpretar os livros, a própria vida, os alunos.
E ressaltou: “ na leitura generosa, na leitura das entrelinhas nós podemos captar o sentido não evidente das realidades. E os professores tem que ser leitores das entrelinhas.”
Comentou, também, sobre leitura variada: “é nesse encontro com diferentes temas, questões, que nosso repertório se amplia, nosso vocabulário fica mais rico e nos tornamos pessoas mais interessantes.
E que a formação de leitores implica na abertura para conhecer pequenas e grandes histórias, que estão no livro e no mundo “.
Márcia Maria dos Santos Solha
Maio 2011

(3°) Vídeo-aula 21 - A complexidade da constituição docente


3º MÓDULO – Vídeo-aula 21: A complexidade da constituição docente
A Prof° Sílvia Colello comenta com pesar que a profissão docente está sob risco. E a  descreveu como uma função transbordante, sendo  a falta de autonomia, sobrecarga e desmotivação alguns dos pontos críticos.
Ela tem se mostrado, nos últimos tempos, como uma profissão que faz adoecer, que castiga, que faz com que se abra mão da própria vida pelo acúmulo de atividades.
Citou duas reportagens que falam da desvalorização do ensino e do desinteresse dos jovens pelo magistério, sendo que a procura pela profissão decresceu significativamente:
“A desvalorização do magistério” – “O Estado de São Paulo” de 4/2/2011
“Professores em fuga” – “Jornal da Tarde” de 18/2/11
Para além do pesar e dos aspectos negativos, a professora Sílvia ressaltou que o professor, no desempenho de seu papel, deve buscar o equilíbrio entre o instruir e o educar; deve ser mediador; ter consciência pedagógica e diretrizes claras de trabalho; aproveitar o mundo como uma grande sala de aula; considerar o encontro de pessoas como uma possibilidade para transformação.
E apresenta perspectivas do trabalho docente em quatro frentes que se interligam:
1-Disponibilidade pessoal, abertura para mudança/transformação e renovação do trabalho
2-Perspectiva do conhecimento: afirmar-se como sujeito do conhecimento
3-Perspectiva da ação: colocar-se como sujeito que define caminhos e cria alternativas
4-Luta pela valorização do ensino e a constituição de um trabalho coletivo
Conhecendo, vivendo, refletindo e lutando por condições melhores de trabalho e pela construção de um ensino de qualidade.
Márcia Maria dos Santos Solha
Maio 2011

(3°) Vídeo-aula 20 - A complexidade no estudo dos processos de desenvolvimento humano


3º MÓDULO – Vídeo-aula 20: A complexidade no estudo dos processos de desenvolvimento humano
A Prof° Kátia Amorim abordou o tema desenvolvimento humano, e fez as seguintes considerações:
Para poder considerar o desenvolvimento de uma criança, tenho que entende-la num conjunto amplo, que vai além dela e inclui sistemas biológicos, psicológicos, sociais e culturais”.
“O desenvolvimento é tanto biológico como cultural e a criança precisa de um mediador que vai trazer elementos da cultura, de como agir, como falar etc...( pais, amigos, vizinhos, professores, pessoas da Escola).
Essa mediação vai atravessar o desenvolvimento ao longo de todo ciclo vital, nas e por meio das interações estabelecidas entre as pessoas (com várias outras pessoas)em contextos social e culturalmente organizados”.
E mencionou que essas práticas, nesse entrelaçamento de pessoas e significações, que têm concretude no aqui e agora, ao mesmo tempo vão estar delimitando e ampliando possibilidades.
Impulsionadora em determinadas direções e aquisições, ao mesmo tempo em que distancia ou, mesmo, impede ou interdita outras.
E que por princípio é impossível prever/predizer o produto final do comportamento.
Dentre os vários potenciais percursos:
-Alguns não serão percorridos, havendo habilidades e capacidades que não virão a ser adquiridas.
-Existirá aquisições iniciadas, mas perdidas diante de novas situações.
-Haverá percursos que nunca colocados como possibilidades.
E deixou uma reflexão final:
“Se quando eu olho para uma criança eu estou abrindo ou fechando portas..., se estou dando possibilidades para que, na minha relação com ela, potencialidades sejam descobertas e encaminhadas...”
Márcia Maria dos Santos Solha
Maio 2011

(3°) Vídeo-aula 19 - O todo pela parte: a questão do estigma.


3º MÓDULO – Vídeo-aula 19O todo pela parte: a questão do estigma

...”Achar no escuro o rumo”  (“ A primeira vez que entendi” -Affonso Romano de Sant’Anna)
                                                                                
 A Prof° Ticiana Roriz leu a poesia da qual eu apenas citei, acima, o trecho  que ela deu ênfase: “ Pode parecer muito nebuloso, mas se a gente acreditar que tem o rumo, mesmo no escuro, nós vamos conseguir enxergar aquela criança para além da sua deficiência”.
Ela iniciou sua apresentação com uma linda história infantil: “Pedro e Tina – uma amizade muito especial” de Stephen Michael King.
Usou como referência o livro “Estigma” de Goffman que coloca:
“Estigma: situação do indivíduo que está inabilitado para aceitação social plena”.
“Um indivíduo que poderia ter sido facilmente recebido na relação social, possui um traço que pode se impor à atenção  e afastar aqueles que ele encontra, destruindo a possibilidade de atenção para outros atributos seus”.
“O que é preciso é uma linguagem de relações e não de atributos”.
“Um atributo que estigmatiza alguém pode confirmar a normalidade de outrem, ele não é em sim mesmo, nem honroso e nem desonroso”.
Finaliza dizendo: “o principal para lidarmos com o estigma é trazermos para a questão relacional. E é preciso quebrar com as nossas certezas, certeza que ela não vai aprender, e enxergar a criança que está ali, para além da sua deficiência. É um grande passo no dia a dia do professor.”
Márcia Maria dos Santos Solha
Maio 2011

(3°) Vídeo-aula 18 - A escola e as instituições culturais



3º MÓDULO – Vídeo-aula 18:  A escola e as instituições culturais
A Prof° Rosa Iavelberg propõe que as visitas aos museus, feiras, mostras sejam feitas não só presencialmente, mas virtualmente.
E comenta que os objetos de arte expressam conteúdos de diversas áreas do conhecimento escolar e favorecem seu nesino de modo vivo e instigante, tanto da arte universal, como das culturas importantes de cada região.
E que Leonardo da Vinci é um artista multidisciplinar que além de obras de arte, inventou máquinas, escreveu fábulas e textos sobre arte e natureza.
Deve-se, também estudar obras da cultura brasileira.
E sugeriu o Parque Nacional da Serra da Capivara onde há achados arqueológicos dos povos pré-históricos do Novo Mundo, e o Museu do Homem Americano que fica há 35 Km do Parque, como forma de apresentar esse tipo de arte e, também, incentivar os alunos a fazerem. E disse: “Os pequenos também gostam de registrar desenhos em pedras e muros depois de estudar inscrições pré-históricas".
Para os maiores, a arte do grafitti – inscrevendo sua arte (poéticas suas) nos muros e ruas da cidade (com pedido de licença).
As manifestações artísticas dos alunos podem ser compartilhadas pelas famílias e membros da comunidade convidados.
Márcia Maria dos Santos Solha
Maio 2011

(3°) Vídeo-aula 17 - O professor e a cidade educadora


3º MÓDULO – Vídeo-aula 17:  O professor e a cidade educadora
A Prof° Rosa  Iavelberg nos falou da importância de decodificar o que a gente vê e que a paisagem é datada e suas usualidades formam o nosso olhar. Daí que o professor pode utilizar os equipamentos e obras de arte presentes no espaço público com o objetivo de expandir o universo cultural dos estudantes. Assim, também, o conceito de tombamento pode ser aprendido. E a visita aos lugares e obras podem ser reais ou virtuais, devendo haver um planejamento anterior à ida, um roteiro para o momento em que isso acontecerá, e uma discussão/reflexão depois do ocorrido.
E comentou: “conhecer os espaços públicos com olhos para ver e saberes para interpretar o traçado urbano, a arquitetura, os monumentos e as obras de arte.
O aluno aprende a ver o entorno público e o freqüenta informado sobre seus conteúdos, que não são revelados pela simples observação e isso desde a Educação Infantil.”
Finalizou dizendo: “ensinar sobre a arte presente na rua é valorizar a arte no cotidiano das pessoas e no espaço público.”
                                             Márcia Maria dos Santos Solha
                                                             Maio 2011

(3°) Vídeo-aula 16 - Trajetórias escolares de deficientes e a EJA: a questão do fracasso escolar.


3º MÓDULO – Vídeo-aula 16: Trajetórias escolares de deficientes e a EJA: a questão do fracasso escolar.
A Prof°Lúcia Tinós apresentou duas pesquisas realizadas por ela sobre o assunto e depois de apresentar os dados fez os seguintes questionamentos e observações:
EJA: oportunidade ou armadilha ?
- a permanência é na média de 2 a 3 anos na mesma sala e alguns mais de 8 anos, não conseguindo avanços na sua escolarização.
-De 2004 a 2007 apenas 0,42% conseguiram certificação.
E considerou: “São jovens e adultos com sonhos e projetos e que apresentam histórias de exclusão.
As propostas referendadas pela legislação estão longe de serem efetivadas, pois não se sustentam em informações concretas da realidade de seu alunado (alunos invisíveis).
Temos de tornar visíveis pessoas que historicamente não enxergamos, não escutamos, não falamos, não acolhemos e não acreditamos. Elas são muito mais capazes do que nós achamos.”
                                      Márcia Maria dos Santos Solha
                                                   Maio 2011

(3°) Vídeo-aula 15 - Como anda a educação especial no país?


3º MÓDULO – Vídeo-aula 15: Como anda a educação especial no país?
A Prof° Kátia Amorim traz os dados do MEC sobre a “Evolução da Política de Inclusão nas classes comuns do Ensino regular” e eles demonstram um aumento significativo no número de matrículas de 1998 a 2011: de 337.326 passou para 700.624.
Porém, considerando que 14,5% da população brasileira tenha deficiências, e 2% destes, são crianças e jovens, totalizando 2.850.604, portanto,  estamos muito aquém de atender as necessidades. E a Prof° indaga sobre as que estão fora do processo:
-para onde elas estão indo ?
-o que elas estão fazendo ?
-como estão participando desse meio social ?
E enfatiza que essas perguntas precisam ser respondidas.
Foi apresentado, também, os dados de uma pesquisa feita no interior Paulista.
Tanto os números encontrados nessa cidade como os dados nacionais (MEC) coincidiram nos pontos:
-Diagnóstico como uma questão central
-A maioria das crianças e jovens são meninos (questões de gêneros ?/duplas, múltiplas exclusões ?)
Um aspecto preocupante é a pouca permanência: nas Escolas Públicas de 1 a 4 anos (um grande contingente chega ficar 1 ano) e nas Escolas Especiais de 2 a 4 anos, até 10 anos.
A ascensão é descontínua, com interrupção intercalada entre as séries; a maioria evade, e poucos conseguem a certificação. Uma saída é a parceria entre escola especial e escola regular, porém isso ainda é muito baixa.
E finaliza com alguns questionamentos:
“Qual é a possibilidade que a Escola está dando a essas crianças e jovens de uma vivência de cidadania e dignidade ?
Como garantir a permanência na Escola e a certificação com qualidade na Educação desses alunos ?”
Márcia Maria dos Santos Solha
Maio 2011

(3°) Vídeo-aula 14 - Processos de aprendizagem e implicações para a prática docente


3º MÓDULO – Vídeo-aula 14: Processos de aprendizagem e implicações para a prática docente
A Prof°Sílvia Colello questiona três mitos sobre a aprendizagem:
-Aprendizagem é conseqüência do ensino
-Aprendizagem se faz em etapas que podem ser controladas
-Aprender é diferente de usar conhecimento
E busca responder a duas questões:
1-Como se dá a construção do conhecimento ?
2-Como o aluno aprende ?
Sobre a construção do conhecimento considera que é na relação com o outro é que vamos compreendendo o mundo. E que o sujeito , como aprendiz, um sujeito de aprendizagem apresenta as dimensões cognitiva (saber fazer); afetiva (querer fazer); funcional (poder fazer) e empreende ações fundamentais como : interação, mediação e linguagem. E para que a aprendizagem realmente aconteça tem que haver o equilíbrio entre essas dimensões.  E qual o papel do professor ? Como o professor vai fazer isso ?
Piaget descrevia a aprendizagem como construção pessoal a partir das experiências vividas sob a forma de um processo complexo e multifacetado.
A Prof° Sílvia Colello utiliza essa descrição e ressaltou que para Piaget toda aprendizagem tem uma dose de sofrimento, porque o sujeito é obrigado a abrir mão de suas concepções e hipóteses para considerar outros pontos de vista, pensando, repensando e aprendendo muitas coisas.
Para a segunda questão: como o aluno aprende ? comentou que ele, no seu desejo de se adaptar no mundo, dentro de uma postura ativa , espontaneamente busca conhecimento e busca aprendizagem. O ser humano é curioso por excelência e é preciso que nós resgatemos a curiosidade que é natural nele, em cada um de nós.
Concluiu dizendo que se o conhecimento é ativo e se dá pela problematização e pela desestabilização das hipóteses, o ensino deveria funcionar numa lógica de ação-reflexão. A aprendizagem é uma atividade espontânea e pode ser otimizada pela intervenção docente que cria condições para a experimentação e criação de hipóteses.
E que a verdadeira aprendizagem é uma engrenagem que contempla três aspectos e isto implica o desafio de ensinar:
-APRENDER
-TORNAR-SE USUÁRIO DO CONHECIMENTO NO CONTEXTO DE VIDA
-CONQUISTAR O STATUS DE CIDADÃO CRÍTICO E SOCIALMENTE PARTICIPANTE
Márcia Maria dos Santos Solha
Maio 2011

(3°) Vídeo-aula 13 - A construção do fracasso escolar: os mecanismos do não aprender e os desafios do professor.


3º MÓDULO – Vídeo-aula 13: A construção do fracasso escolar: os mecanismos do não aprender e os desafios do professor.
A Prof° Sílvia Colello nos indagou: Por que os alunos não aprendem ?
Para isso existem explicações reducionistas, culpabilizando um ou outro, tirando-nos assim a possibilidade de compreender o fato em sua complexidade.
E nos trouxe três dimensões do não aprender e os desafios do professor , considerando que há interfaces nesse processo: Aluno e Mundo ; Mundo e Escola ; Escola e Aluno.  E fez uma reflexão em cada uma dessa dimensões.
1° ponto: Aluno e Mundo (o aluno no mundo de hoje) - Qual razão para aprender ? E nos respondeu que é preciso resgatar o valor do conhecimento enquanto um bem necessário, prazeroso, que merece ser adquirido.
2° ponto: Mundo e Escola (a escola no mundo de hoje) – O que ensinamos ? E comentou que a Escola parou no tempo, que não dialoga com o mundo, com a linguagem, com a tecnologia. O mundo não valoriza a Escola e a Escola não fala a linguagem desse mundo. E ressaltou dois pontos de tensão: Escola X Vida ; Aprender X Usar o conhecimento.
3° ponto: Escola e Aluno – Como ensinamos ? Se o professor ensina, porque o aluno não aprende ? E apontou a falta de dialogia, exercícios mecânicos, práticas insípidas e práticas discriminatórias como agravantes desse processo. Como também o fato do aluno não ser considerado na sua pluralidade e já trazendo saberes.
Encerrou dizendo que o desafio é lutar por uma Escola como instituição de valor, reconhecida por toda a sociedade e valorizada por alunos e pela comunidade escolar.
E que mesmo o aluno que tem sucessos na Escola, não tem aí, também, uma dimensão de fracasso ? Pois há o risco de aprender mas...  Não Usar ; Não Gostar; Não Ser Crítico.
Márcia Maria dos Santos Solha
Maio 2011
                          

(3°) Vídeo-aula 12 - Como vem sendo organizada a educação especial no país?


3º MÓDULO – Vídeo-aula 12: Como vem sendo organizada a educação especial no país?
A Prof° Claúdia Lodi fez um levantamento histórico dos modelos/propostas para o atendimento dos alunos com necessidades educativas especiais (NEE) por ordem cronológica:
1-Escolas Especiais
2-Classes Especiais (paralelamente a 1)
3-Instituições especializadas
4- Salas regulares de ensino (sendo que os alunos devem se esforçar para acompanhar as aulas)
5-Sec.XXI – Política Nacional de Educação na Perspectiva de Educação Inclusiva.
Essa Política Nacional, delineada a partir de vários documentos nacionais e internacionais, apresenta os princípios para a inclusão:
Educação - Direito de todos estarem juntos, sem discriminação
Todos devem estudar, preferencialmente, na rede regular de ensino.
Escolas devem se organizar para o atendimento, assegurando condições necessárias para uma Educação de qualidade para todos.

E encerra deixando algumas questões para reflexão:
1-Como a Educação regular e o atendimento educacional especializado tem se organizado na prática?
2-É possível pensar em Educação para Todos em igualdade de condições ?
3-O papel da Escola seria apenas buscar a socialização dos alunos com NEEs ?
4-E sua função educacional ?
5-Esta organização tem favorecido (ou não) a educação de crianças e jovens com NEEs?
Márcia Maria dos Santos Solha
Maio 2011

(3°) Vídeo-aula 11 - Legislações, declarações e diretrizes


3º MÓDULO – Vídeo-aula 11: Legislações, declarações e diretrizes
A  Prof° Lúcia Tinós iniciou com um questionamento: Necessidade de reafirmar e garantir o direito de Educação para Todos. Numa sociedade mais justa será que os direitos básicos, e Educação é um deles, não é uma premissa ?
Levantou alguns documentos internacionais e nacionais que são frutos de contextos históricos e que buscam uma sociedade mais justa, contra formas de discriminação.
E para finalizar, apresentou os seguintes questionamentos:
 Como garantir a efetivação da legislação ?
Como usar esta legislação a favor de nosso aluno ?
É fundamental o professor conhecer a legislação pois ressalta: “ nós só podemos buscar, se conhecermos os nossos direitos e nossos deveres. Com isso poderemos buscar tecnologias Assitivas e brigar pelos direitos como professores de alunos com necessidades educativas especiais.
Márcia Maria dos Santos Solha
Maio/2011

(3°) Vídeo-aula 10 - A relação entre professor e aluno

3º MÓDULO – Vídeo-aula 10: A relação entre professor e aluno
O Prof. Gabriel Perissé para falar de encontro utilizou conceitos como experiências reversíveis, bidirecionais e âmbito, realidade ambital,  da obra de Alfonso López Quintás - “Descobrir a grandeza da vida: introdução à pedagogia do encontro”.
E disse-nos que não há relação humana autêntica se não houver direção bidirecional e que o encontro ocorre quando dois âmbitos se entrelaçam. E que quanto mais eu transformo objetos que eu convivo em âmbitos e quanto mais âmbitos eu produzir em minha existência, mais criativo eu serei e mais harmonizado com a realidade.
E enfatizou que a sala de aula não é um lugar qualquer. Transformamos uma sala vazia numa sala de aula quando mediante o encontro, criamos um âmbito, um espaço em que as liberdades não entram em choque, mas se tornam ocasião para o diálogo e outras experiências criativas. E que ninguém sozinho faz um âmbito. Professores e alunos se transformam em seres ambitais conscientemente, porque querem estabelecer encontro através de uma experiência bidirecional entre si e também com outras realidades: livros, slides. E assim a sala de aula passa  a ser realmente um lugar de encontro com o conhecimento.
Estabelecer relação de encontro implica em respeito, cortesia, aceitação do outro, tolerância. Ao mesmo tempo o outro também exercita suas virtudes em busca de valores humanos.
E finalizou dizendo que quando essa relação ambital se estabelece na sala de aula, todos se sentem energizados, convidados a conhecer mais, a crescer mais.
                                       Márcia Maria dos Santos Solha
                                                  Maio 2011