terça-feira, 5 de julho de 2011

(4°) Vídeo-aula 4 - Epilepsia: recapitulando



4°Módulo – Vídeo-aula 4: Epilepsia – recapitulando

O Prof° Li li Min retomou o que vem a ser epilepsia:
É uma condição neurológica grave que se caracteriza por crises epilépticas, sendo que essas crises ocorrem na ausência de febre ou intoxicação.
A convulsão febril é um tipo, uma síndrome especial da epilepsia, mas não se caracteriza por epilepsia. Há crianças com propensão maior de desenvolver a crise na vigência da febre e essa crise não necessita de tratamento medicamentoso basta controlar a febre.
A epilepsia acomete 1 a 2% da população.

Crises epilépticas:
Também conhecidas como ataques, convulsões, são eventos clínicos de curta duração que acontecem quando o cérebro deixa de funcionar de maneira adequada devido a uma hiperexcitação de um grupo de neurônios.
É uma manifestação clínica transitória de um mal funcionamento do cérebro devido a uma hiperexcitação dos neurônios que pode ser num determinado lugar do cérebro ou no cérebro como um todo.

Tipos de epilepsia – há dois grandes grupos:
Epilepsias parciais ou focais: as crises começam em uma região do cérebro. Pode perder ou não a consciência.
Epilepsias generalizadas: as crises começam no cérebro como um todo. O tipo mais comum é o que leva  a pessoa a cair e se bater no chão. Mas há outros tipos como as crises de ausência.
Portanto, conforme a região do cérebro envolvida na crise haverá uma forma de reação. Por exemplo, se for a região responsável pelo movimento do braço, na crise, o braço vai ficar se batendo; se for a região da visão, a pessoa verá luzes brilhantes, bolas coloridas.

Causas da epilepsia:
As causas são diversas, é multifatorial (composição de diferentes fatores).
-Genético (Idiopático)- ex. ausência na infância.                                           
Proveniente de algumas alterações genéticas, o mais comum na escola são as crises de ausência. Também encontramos a meoclonica juvenil onde ocorre ausência e solavancos(meoclonia), podendo vir associado a crise tonico clonica generalizada (cair no chão e se bater) ou não.
-Uma causa identificável -  essas podem ser prevenidas:
Exemplos: Traumatismo craniano oriundo, muitas vezes,  de acidente automobilístico.
 AVC – 1°lugar de mortalidade no país.
Neurocisticercose- ovos da solitária se alojam no cérebro causando lesão e podendo desencadear crises. Para se evitar é preciso uma boa higienização na alimentação, tanto lavando adequadamente os alimentos, como as mãos antes das refeições.
-Não se acha a causa (possivelmente sintomático)


Diagnóstico:
O diagnóstico é clínico baseado nos relatos do paciente, dos familiares e das pessoas que presenciaram a crise. Os exames complementares como EEG, tomografia ou ressonância complementam o diagnóstico. Os professores que testemunham podem ajudar no diagnóstico.


Tratamento:70% dos pacientes conseguem ficar livres das crises, porém um grupo não consegue ficar livre delas.                
O tratamento tem o objetivo de controlar as crises. Para isso utilizam-se as drogas antiepilépticas que agem no cérebro bloqueando o excesso de excitação neuronal. No caso da não resposta à medicação, alternativas como cirurgia, dieta cetogênica e estimulação vagal põem e devem ser consideradas. O apoio psicológico (até mesmo para a questão do estigma, preconceito) é importante para melhorar a qualidade de vida.

E o Prof°Li li Min deixou uma pergunta no final:
“Você sabe como agir frente a uma convulsão ? Por exemplo na sala de aula ?
Seus alunos saberiam o que fazer ?”

Márcia Maria dos Santos Solha
Julho/2011


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