terça-feira, 5 de julho de 2011

(4°) Vídeo-aula 8 - Transtornos comportamentais e Epilepsia


4°Módulo – Vídeo-aula 8: Transtornos comportamentais e Epilepsia

A Prof° Paula Fernandes trouxe para iniciar essa questão: “Quais dificuldades de comportamento você acha que uma pessoa com epilepsia apresenta ?”

Comportamento e epilepsia: birra; irritação; explosividade; agressividade; instabilidade de humor; dificuldade de relacionamento; hiperemotividade; dependência afetiva; depressão; psicoses; agitação; falta de atenção; hiperatividade infantil; baixa ou alta da libido; viscosidade (ser prolixo, repetitivo, discurso mais pegajoso); medo.

Comportamentos inadequados:  quando não quer participar de atividades, a criança esperneia e faz birra, chora, dá chutes, grita, se atira no chão, é agressiva com os colegas ou com o professor. Isso acontece somente pela epilepsia ? Como proceder ?

Comportamento e Epilepsia:
-É preciso identificar o sofrimento do aluno.
-Conversar com a família: dados importantes (está acontecendo em casa ?/ como os pais lidam ?).
-Abrir roda de discussões sobre temas relacionados.
-Paciência e calma são fundamentais.
-Intervir, expondo limites.
-Não se deixe contaminar pelo comportamento inadequado: ofereça modelos corretos.

Depressão e Epilepsia:
-Mais comum transtorno comportamental/psiquiátrico nas epilepsias.
-Prevalência: 20 a 55% dos pacientes com crises recorrentes tem alguma forma de depressão.
-Nas clínicas especializadas de epilepsia: chega a 72% o número de pacientes com alguma depressão.
-ELT (lobo temporal que envolve o sistema límbico – é o nosso cérebro emocional, onde ocorre o processamento das emoções): de 19 até 65% de chance de desenvolver a depressão.

Depressão na epilepsia -  tipos mais comuns:
-Depressão crônica leve (que pode ser tratada sem medicação) com sintomas intermitentes e variáveis como : ansiedade, irritabilidade, hostilidade, sintomas melancólicos.
-CPC: transtorno depressivo maior (tratada com medicação).
Principais fatores de uma depressão na epilepsia:
-A própria epilepsia, principalmente se for a tipo lobo temporal.
-Discriminação e estigma.
-Desemprego e dificuldades escolares.
-Exclusão social.
-Poucas relações afetivas.
Quanto mais severa as crises e menos controle, maior probabilidade da depressão.

Como identificar e lidar com isso ? O diagnóstico especializado somente o especialista deve fazer.
Comportamentos comuns: tristeza; irritabilidade; isolamento; falta de atenção; não participação nas atividades propostas; baixa tolerância à frustração; baixo rendimento escolar.
-Minimizar os sintomas depressivos: processo natural de adaptação à epilepsia.
-Conversar com a família, tratamento adequado, inserção social do aluno.

E a Prof°Paula ressaltou: “mais do que tratar a depressão e a epilepsia, se quer inserir essa pessoa socialmente.”
E fez um apelo: “nós queremos que você ajude a mudar a perspectiva da epilepsia na nossa sociedade, ajude a tirar a epilepsia das sombras, incentivando atitudes positivas.”

                                Márcia Maria dos Santos Solha
                                            Julho/2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário