A Prof°Paula Fernandes indagou como as crianças percebem a epilepsia, o que elas sabem a respeito. E depois fez também esse questionamento em relação aos professores. Em seguida apresentou um levantamento feito com ambos a esse respeito, que evidenciou a falta de informação ou informações equivocadas e a presença de crenças que dão ao quadro uma conotação negativa.
E se um aluno com epilepsia entra na escola, você foi informado, e na primeira semana de aula ele tem uma crise, como proceder ?
O que fazer ?
Para acolher o aluno e ajuda-lo a se inserir:
-Conversar com os pais buscando informações e formas de condutas.
-Conversar com a classe sobre assuntos de saúde, inclusive epilepsia (temas transversais).
-Colocar sempre conceitos de cidadania e solidariedade.
Na hora da crise:
-Manter a calma.
-Afastar objetos que oferecem risco.
-Virar a cabeça de lado (para que a saliva não se acumule e não haja risco de se engasgar, se asfixiar) e colocar a mão ou alguma peça de roupa para amortecer a batida.
-Acalmar os outros alunos.
-Esperar a crise passar (dura, mais ou menos, 1 minuto e meio)
-Só há necessidade de chamar o socorro, ambulância ou levar ao pronto socorro se a crise durar por mais de 5 minutos seguidos.
Depois da crise:
-Falar que o aluno teve uma convulsão.
-Levá-lo para um lugar mais calmo.
-Conversar com a classe: percepção, atitudes adequadas perante ele. Tratamento normal quando ele voltar para a sala.
Na hora da educação física:
Saber dos pais se o aluno pode fazer e se ele tem alguma outra limitação.
Na maioria dos casos o aluno pode participar de atividades coletivas, pode jogar bola.
Não tratá-lo como “café com leite”, é fundamental que ele se sinta inserido.
Na hora da lição:
-Lembrar que o aluno tem, geralmente, condições semelhantes aos outros da classe.
Às vezes: explicação individual
Importante saber se a medicação tem algum efeito colateral ou se o aluno tem outras comorbidades.
Considerações importantes:
-Horário das medicações.
-Presença de comorbidades (o que ele tem além da epilepsia e o que isso pode atrapalhar).
-Contato em caso de urgência (números de telefone).
-Colegas de classe: ótimos companheiros e aliados (colocá-lo próximo à alunos solícitos).
-Todos que trabalham na escola devem estar cientes e saber lidar com a situação.
E a Prof°Paula deu ênfase à inserção social e comentou que para isso é importante que esse aluno participe ativamente da escola. Quanto mais aceito, melhores chances de desenvolvimento pleno e isso melhora, também, a aprendizagem dos outros alunos sobre as diferenças, em ser tolerante com as diferenças.
E finalizou ressaltando:
-Saber sobre a epilepsia e as maneiras adequadas de como proceder.
-Formação ética: desmistificar as crenças, reduzir o estigma e o preconceito.
-Professor capacitado: amplia a rede de informação sobre epilepsia e os valores éticos para seus alunos, famílias, comunidade e sociedade.
Márcia Maria dos Santos Solha
Julho/2011
Você continua muito linda...tal qual aquela menina moça que eu conheci um dia. Inteligente não é preciso dizer!
ResponderExcluirParabéns, por sua perseverança e conclusão sobre a Vida, eu sabia que um dia o seu coração, seria usado acima da mente. Eu também sabia que ele não ficaria apenas dentro de você e sim pertenceria a várias pessoas.
Wilson Alexandre.