quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

(2°) Vídeo-aula 22 - Diversidade, pluralidade cultural




ERA UMA VEZ...







2°Módulo – Vídeo-aula 22: Diversidade, pluralidade cultural na escola

Esse tema me remeteu à estória do “Patinho Feio”, que trata, ao mesmo tempo, da questão da diferença e discriminação e , também, enaltece a necessidade da busca da identidade.
Essa busca que é árdua, sofrida, tal qual uma jornada de herói, é imprescindível e, também, muito gratificante...
E ela  nos leva a concluir que: somos únicos, portanto, somos todos diferentes!

O perigo é nos acomodarmos às denominações recebidas e não irmos mais à fundo em nós mesmos, ou até virmos a nos descaracterizar como aconteceu na estória: “A Águia que quase virou galinha”.

Essas estórias trazem reflexões profundas e pertinentes de como se dá o processo de desenvolvimento humano.
Enfatiza, também,  a importância fundamental do autoconhecimento e da autoestima para que possamos ocupar o nosso lugar no mundo, seguir em direção aos nossos sonhos e fazer a diferença onde quer que estejamos.

A  Prof° Daniele Kowalewski falou que precisamos refletir quais são os valores contemplados para que uma educação que visa a diversidade seja possível.

E falou:
A  diversidade no Brasil é uma marca não só presente nas escolas, mas em toda a nossa vida social. E que nas escolas pudemos sentir mais claramente depois da década de 90, quando todos passaram a ter acesso à educação pública.

Apesar de ser usados como sinônimos há diferenças etimológicas nas palavras:
Diversidade; Pluralidade, Multiculturalismo.

Igualdade de todos ou a diferença de cada grupo específico ou a diferença de cada um das identidades.

Trouxe  uma classificação sobre a questão da diferença dos autores Silvia Duschatzky e Carlos Skliar:
1-    O outro como fonte de todo mal : a diferença fosse de todo mal
2-    O outro como sujeito pleno de uma marca cultural: preso numa marca de cultura e não tivesse outra característica. A que a Prof°Daniele usa o termo de essencialização da diferença.
3-    O outro como alguém a tolerar: essa pode parecer a classificação menos perversa, mas não é.
É importante levar em conta esses aspectos, pois existe uma tensão inerente à esse tema da diversidade na escola, e também na sociedade como um todo.

E a Prof° Daniele trouxe o seguinte histórico:
-Constituição de 1988: o tema da pluralidade cultural é abordado.
-LDB em 1996 trouxe parágrafos se referindo à isso.
-Mas somente em 1998 com a publicação do PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) que a pluralidade cultural apareceu como um dos temas transversais ao lado de Ética; Saúde; Meio Ambiente; Sexualidade; Trabalho; Consumo. Não como uma matéria que deva ser diretamente aplicada, mas um tema que atravessa todos os segmentos da nossa educação.
-Lei 10.639 de 2003  torna obrigatória: história da África e da cultura afrobrasileira
-Lei 11.645 de 2008 complementa e estende essa obrigatoriedade também para a cultura indígena nos nossos currículos
-Em 2005 é publicada a Diretriz Curricular Nacional para a educação ético racial e para a história da África e cultura afrobrasileira.
-Em 2007: publicação do Programa Ética e Cidadania.
-Em 2010 um novo marco: “Estatuto da Igualdade Racial”.

Ela salientou que para essas conquistas, a militância, a luta dos grupos ( negros e índios), foi fundamental.

Alguns conceitos que esse Estatuto traz:
-Discriminação passa a ser definida como distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em etnia, descendência ou origem nacional.
-População negra é formada por pessoas que se classificam como tais ou como pretos, pardos ou outro termo parecido.

Uma das questões mais polêmicas que surgem quando se discute na escola esses assuntos são as cotas raciais.

E para finalizar lançou algumas reflexões:
O que fazer na escola quanto à temática da pluralidade ?
Será que nós, educadores, conseguimos lidar com todas as diferenças ?
É possível para nós ensinar sobre o outro sem torná-lo exótico ?
Afinal como é possível educar na diferença 

                                          Márcia Maria dos Santos Solha
                                                   dezembro/2010 

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