terça-feira, 28 de setembro de 2010

Vídeo-aula 8: Métodos investigativos em neurocências

Vídeo aula 8: Métodos investigativos em neurociências

Nesta vídeo-aula o Prof° Li Li Min nos mostrou como podemos investigar ou estudar a função cerebral de uma maneira não invasiva, isto é, sem precisar abrir a cabeça da pessoa.

A  revista Galileu, em junho de 2007, trouxe uma reportagem sobre o cérebro que  num dos trechos diz :
“Mas foi na década de 20 que o psiquiatra alemão Hans Berger registrou eletroencefalogramas, o produto da atividade elétrica do cérebro, em humanos pela primeira vez. Posteriormente, a técnica começou a ser utilizada no diagnóstico e monitoramento de males como epilepsia, distúrbios do sono, de alimentação, coma e na determinação da morte cerebral.
As tecnologias que vieram depois, como a tomografia computadorizada, a tomografia por emissão de pósitrons (PET/Scan), a imagem molecular, a magnetoencefalografia, a ressonância magnética e a ressonância magnética funcional, abriram um caminho sem precedentes na história da humanidade. Essa gama de recursos não trouxe apenas conhecimento sobre o diagnóstico e tratamento de doenças, mas sobre o entendimento do próprio pensamento humano. Graças a elas hoje sabemos com relativa certeza quais áreas do cérebro são predominantes no controle dos movimentos, na linguagem e no armazenamento e manutenção das memórias, por exemplo.
“As primeiras correlações entre áreas do cérebro e o desempenho de alguma tarefa vieram de estudos de lesões”, conta Ellison Cardoso, médico do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da USP. “Enfartes, tumores, lesões traumáticas ou de outra natureza no parênquima encefálico determinavam déficits cognitivos, motores e sensitivos. Após a morte desses pacientes, os déficits eram relacionados com os achados do cérebro do cadáver. Dessa forma descobria-se que aquela área do cérebro prejudicada era responsável por determinada tarefa”
...Os estudos iniciais de ressonância magnética funcional (RMf) partiam do princípio localizacionista, tentando relacionar uma área do cérebro com uma tarefa. Porém, com o tempo, essa abordagem localizacionista foi se transformando em uma visão mais ampla, relacionada a redes neurais, pois estudos demonstraram que, em geral, várias áreas do cérebro são ativadas na realização de tarefas. A mente humana funciona com redes de processameneto de estímulos, tentando sempre avaliar qual a melhor resposta.
“O cérebro não é feito de várias gavetas, mas de redes que funcionam em paralelo ou seqüencialmente, diz Edson Amaro, professor do Departamento de Radiologia da Universidade de São Paulo. Hoje se sabe que, para funções mais básicas do organismo, as áreas do cérebro que se “acendem” durante um exame de RMf são praticamente as mesmas em qualquer indivíduo. Mas em atividades mais complexas e subjetivas, as redes neurais variam muito de pessoa para pessoa.”

O Prof. Li Li Min li mencionou os métodos de estudo da função cerebral através de neuroimagem funcional:
1-      EEG: Eletroencefalograma
2-      MEG: Magneto-encefalografia
3-      PET: Tomografia por emissão de pósitrons
4-      NIR-DOT: Tomografia óptica
5-      RM: Ressonância magnética ( várias modalidades: MRSI; MRS; DTI; fMRI )

A tendência atual são as técnicas multimodais. O objetivo é combinar diferentes técnicas potencializando as virtudes individuais:
MEG/EEG ; EEG/NIRS ; EEG/fMRI ; NIR/fMRI.

Cada caso, situação, quadro clínico, pede, necessita de um tipo específico de pesquisa, estudo, investigação.

                                                Márcia Maria dos Santos Solha
                                                       Setembro/2010

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