domingo, 26 de setembro de 2010

Vídeo aula 7: Neuroanatomia funcional do sistema nervoso: funções corticais e sistemas sensoriais



Esta vídeo-aula abordou os 5 sentidos e a percepção.
O Prof. Li Li Min encerrou sua apresentação fazendo, a cada um de nós, a seguinte indagação:
“Como você pode influenciar de uma maneira positiva a percepção sobre os estudos no seu ambiente de sala de aula ?”

E Marta Pires Relvas comenta em seu livro “Neurociência e Transtornos de Aprendizagem”:
“É fato que diversas dificuldades de aprendizagem poderão ser resolvidas ou amenizadas quando os educadores tiverem seus olhares focalizados na promoção do desenvolvimento dos diversos estímulos neurais que se expõem de forma que se compreendam os processos e os princípios das estruturas do cérebro, conhecendo e identificando cada área funcional, visando estabelecer rotas alternativas para aquisição de aprendizagem, utilizando-se de recursos sensoriais, como instrumento do pensar e do fazer.
É fundamental que educadores conheçam  as estruturas cerebrais como interfaces da aprendizagem e que sejam sempre um campo a ser explorado. Para isso, os estudos da biologia cerebral vêm contribuindo para a práxis em sala de aula, na compreensão das dimensões cognitivas, motoras, afetivas e sociais no redimensionamento do sujeito aprendente e suas formas de interferir nos ambientes pelos quais perpassam.”
E depois, acrescenta:
“Ao aprendermos, nossas conexões cerebrais se modificam. Com o apoio da Neurodidática, a Neurociência poderá ajudar professores e pedagogos a desenvolverem novas estratégias de ensino e aprendizado. As diferenças são naturais, por isso metodologia é fundamental, e mais o olhar aguçado para cada situação.”

Portanto, faz-se necessário transmitir esses conhecimentos aos professores.
Os centros de pesquisa  e os profissionais da saúde e da educação precisam interagir e compartilhar saberes.
A “inclusão” dos professores nos estudos científicos que a área da saúde e, também, da educação vem promovendo é imprescindível. Isto beneficiará nossos estudantes e ampliará a visão, compreensão e a atuação do educador, que percebendo a inadequação da compartimentalização do conhecimento ( sou professor disto ou daquilo) caminhará na direção de um modelo alternativo transdisciplinar voltado a um ser integral em formação – o aluno.


Em síntese, a vídeo-aula 7 falou que os sistemas sensoriais ou 5 sentidos são sistemas altamente complexos e dependem dos receptores específicos para captar as informações que tem no meio ambiente. Estas informações são encaminhadas até o cérebro onde são interpretadas e codificadas, promovendo assim a percepção do mundo ao nosso redor.

As modalidades sensoriais ou 5 sentidos são:
Visão, Audição, Gustação, Olfato e Tato.

Visão: a pupila regula a quantidade de luz que vai entrar e incidir na retina onde estão os sensores. As informações são levadas pelos nervos ópticos e são codificados no cérebro.
Audição: as ondas sonoras entram, caminham pelo nervo auditivo e também são codificados numa área específica do cérebro.
Gustação: as papilas gustativas captam as informações químicas e traduzem em impulsos nervosos e são também codificadas permitindo a degustação do alimento.
Olfato: As moléculas químicas que estão no ar são captadas e enviadas para uma região específica do cérebro.
Tato: feixes de nervos que conectam o corpo todo levam as informações da periferia  para o cérebro.

Através dessas modalidades ocorre a percepção que é um processo de organizar, integrar e interpretar os dados sensoriais recebidos que advém do meio.
Porém não registramos o mundo como ele é – interpretamos.
É uma elaboração e não um registro real do que está ao redor.
É capacidade de associar as informações à memória e a partir disso formar conceitos sobre o mundo e sobre nós mesmos e orientar nosso comportamento.

A interpretação depende de várias atividades cognitivas: comportamento, cognição, processo de informação, consciência, memória, atenção, linguagem.

Percepção é uma atividade dinâmica e que é influenciada por expectativas, valores, motivações, interesses e emoções.

Cabe ao professor considerar que os alunos processam as informações das aulas de uma forma dinâmica, subjetiva e com alternâncias de acordo com o seu estado interior, grau de interesse, motivação e, também, dos estímulos externos.

Márcia Maria dos Santos Solha
Setembro/2010

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