quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Vídeo-aula 11: Memória



Vídeo aula 11: Memória

“ Há muito que vemos a memória como um recipiente ou receptáculo, uma espécie de “depósito” da mente. Esse modelo tem ficado ultrapassado á medida que os pesquisadores confirmam que a memória é um processo criativo, não um acúmulo passivo; uma habilidade, não um traço fortuito.Os bebês são capazes de lembrar de experiências bem mais primitivas do que imaginamos.
Então como podemos aperfeiçoar a memória ?  As pessoas indicam que a memória está vinculada aos sentimentos e às emoções, a sugerir que podemos empregar as manifestações afetivas como ferramentas mnemônicas. Mesmo o sorriso ou o franzir do cenho podem servir como chave para lembranças específicas.
A memória parece que vem se mostrando , a um só tempo, bem mais sofisticada e bem mais simples do que imaginávamos. Não obstante as antigas técnicas mnemônicas e outros truques de memorização, o elemento mais crucial para a memória está numa simples palavra: atenção.”
                                                 Wim Coleman e Pat Perrin
“Nossas emoções levam à atenção, depois a atenção e a experiência levam à compreensão, facilitando a memória. Podemos descrever os elementos da memória como ligados por elos de uma corrente. Lembramos o que entendemos: entendemos só aquilo a que prestamos atenção. Prestamos atenção ao que queremos. Essa corrente nos dá memória. Quando a memória falha, o problema se encontra em alguma incapacidade para nos movermos ao longo da corrente.
Há também a metáfora da escada. Além de uma noção de conexão, a idéia abrange a dependência. Um passo na escada depende dos passos dados embaixo”                   Edmund Blair Bolles


Nesta vídeo-aula a Prof°Paula Fernandes nos lançou algumas perguntas fundamentais referentes ao tema da aula e intrinsicamente ligadas ao nosso trabalho:

Como será que seu aluno aprende ?
Aprende mais quando você fala (tipo de informação verbal), ou quando você mostra imagens (visual) ou quando você promove alguma atividade e ele participa (motora) ?
E como fazemos para melhorar isso ?

Como a memória influencia no processo de aprendizagem dos seus alunos ?
Qual tipo de memória que mais se relaciona com o seu trabalho ?

 E para nos informar, nos sensibilizar e nos dar elementos para refletirmos e respondermos as questões colocadas,  a Prof° Paula nos fez a seguinte exposição:
Memória é aquisição, formação, conservação e a evocação de informações.
É um processo neuronal – interações sinápticas. E as regiões relacionadas ao processamento da  memória são: hipocampo, amígdala e córtex frontal.

Memória e aprendizagem estão intimamente interligados.

As memórias são modeladas:
-pelas emoções
-pelo nível de consciência
-pelos estados de ânimo
Podemos classificar a memória em 5 tipos:
1-Segundo a função: memória de trabalho, gerencia a realidade, imediata.
2-De acordo com o conteúdo:
-Memória declarativa - registra fatos que podem ser :
    Epsódicos: eventos que assistimos ou participamos.
    Semânticos: conhecimentos gerais
-Memória Processual – de capacidades, habilidades motoras ou sensoriais, adquiridas de maneira implícita, sem que o sujeito perceba como está aprendendo. Ex. andar de bicicleta, saltar, nadar.
3- De acordo com o tempo de retenção:
-Memória sensorial: miléssimos de segundos
-Memória a curto prazo: imediata
-Memória a longo prazo: mais resistente, mais duradoura.
4-Quanto ao tipo de informação:
-Verbal
-Visual
-Motora
5-Segundo nível de consciência:
-Assertiva ou explícita: processo consciente, memória cognitiva.
-Implícita ou não-assertiva: processos inconscientes, estímulos subliminares, podem gerar respostas emocionais.

E quanto ao esquecimento ele pode ser causado por:
Fatores biológicos: cansaço, doenças, envelhecimento, falta de estímulos cerebrais.
Fatores psicológicos: falhas durante a codificação (desatenção), fatores emocionais.

“Durante anos, os pesquisadores imaginavam que a memória fosse armazenada em algum lugar do cérebro e dedicavam-se a descobrir onde a sua sede se localizava. Essa busca fracassou. Edmund Blair Bolles menciona as recentes evidências científicas de que o órgão da memória é o próprio neurônio: “A memória não se utiliza de um armazenamento; o neurônio simplesmente começa a funcionar de uma nova maneira.”
É um verdadeiro esforço criativo, executado por neurônios versáteis que aprendem novos hábitos e trabalham em equipe.
Por esse motivo, é errado comparar a “memória” do computador à verdadeira memória humana. A memória do computador acumula informações de forma passiva. Não é gerada de forma ativa. O fato de a memória não se distinguir claramente do pensamento, nota Bolles, é “provavelmente a maior surpresa da pesquisa na área”.                                             Wim Coleman e Pat Perrin



                                                                            Márcia Maria dos Santos Solha
                                                                                    Setembro/2010

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