quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Vídeo-aula 12: Aprendizagem



Vídeo aula 12: Aprendizagem

Se o QI não é um firme indicador da habilidade humana como supúnhamos, o que sabemos sobre nosso aprendizado ? A determinação, a perseverança e um ambiente acolhedor e sadio parecem ser mais importantes do que a habilidade inata. Além do mais, os saltos no sentido do aprendizado não ocorrem quando evitamos os erros, mas quando prestamos atenção aos erros que nos ensinam.
Temos que reverter velhos pressupostos. Ensinar não mais significa impor informações de fora, e sim vivenciar interiormente a experiência do aprendiz. E o bom aprendizado pode exigir muita atenção daquilo que não se sabe.
Talvez o mais importante seja ter ciência de “como fazer” e tentar encontrar as soluções de forma visceral e criativa.

...De vez em quando, todos achamos que sabemos mais do que na realidade. O que não percebemos é como isso interfere em nossa capacidade para aprender coisas novas. Elizabeth Berry, especialista em comunicação de Huntington, sugere que a atitude de não saber, comparável à idéia Zen, da “mente iniciante”, ajuda a abrir o raciocínio de quem quer aprender.
Agir como se não soubéssemos realizar uma tarefa em particular, ou como se nunca tivéssemos visto um objeto familiar antes, ajuda-nos a manter a abertura para novas possibilidades.

...Não mais precisamos que as pessoas sejam cães de guarda de informações, ressalta J.C.Powell da Universidade de Windsor em Ontário, mas ainda as educamos para esse modelo. Essa insistência ajudou a criar “nossa sociedade devastadoramente impessoal, em que buscamos respostas preto-no-branco”. O solucionador de problemas eficaz é flexível, acrescenta ele.
Também descobriu que quando os estudantes aprendem a identificar erros em seus próprios processos progridem muito rapidamente. Começam a ser “autodidatas”. “Depois que comecei a ensiná-los do ponto de vista que usavam, aconteceu algo surpreendente. O entusiasmo e o desempenho deu um salto enorme”      Wim Coleman e Pat Perrin

“ O senso comum já nos diz que “o sábio é aquele que sabe que nada sabe”. Pois bem, creio que a postura de indispensável humildade do educador surge exatamente quando ele se percebe “ignorante” no sentido aqui apontado, tornando-se, então , “um eterno aprendiz”.
...Quando insisto na importância da consciência da ignorância e, agora, do erro, não afasto, por óbvio, o valor do conhecimento e do especialista. Pelo contrário. O que sustento é que o conhecimento somente chega àquele que assume a postura de “eterno aprendiz”. Curiosamente, é apenas tal posicionamento que permitirá a percepção da interdisciplinaridade, pois a postura interdisciplinar pressupõe exatamente a humildade de cada especialista diante do Mistério maior do Saber, em sua unidade fundamental.”        Ruy Cezar do Espírito Santo

E Paulo Freire diz: "Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Não podemos duvidar de que conhecemos muitas coisas por causa de nossa prática. Não podemos duvidar, por exemplo,  de que sabemos se vai chover, ao olhar o céu e ver as nuvens com uma certa cor. Sabemos até se é chuva ligeira ou tempestade a chuva que vem.
Desde muito pequenos aprendemos a entender o mundo que nos rodeia. Por isso, antes mesmo de aprender a ler e escrever palavras e frases, já estamos “lendo”, bem ou mal, o mundo que nos cerca. Mas este conhecimento que ganhamos de nossa prática não basta .Precisamos ir além dele. Precisamos de conhecer melhor as coisas que já conhecemos e conhecer outras que ainda não conhecemos”               
 “A importância do ato de ler”

Nesta vídeo-aula a Prof°Paula Fernandes volta a nos falar que aprendizagem e memória estão interligadas. E que aprendizagem é o resultado final da retenção e da fixação de uma informação, como ocorre com as disciplinas escolares.

O Dr Márcio Luiz F. Balthazar citou que a memória e a aprendizagem são fundamentalmente influenciadas pela atenção e que essa atenção do aluno, no caso, pode ser prejudicada pelo sono; má alimentação; gripes e resfriados constantes; conflitos psicológicos e sociais.

A Prof°Paula apresentou os processos, os passos envolvidos na aprendizagem:
Sensação; Atenção; Concentração; Percepção e Memorização.

Falou dos tipos de aprendizagem :
-Aprendizagem por habituação
-Aprendizagem Social ou por Modelagem
-Aprendizagem por Condicionamento
-Aprendizagem por Tentativa e Erro
-Aprendizagem Processual X Declarativa

E dos domínios da aprendizagem:
-Domínio cognitivo: habilidades de memorização, compreensão, aplicação, análise, síntese e avaliação.
-Domínio afetivo: relações sociais, valorização, organização.
-Domínio psicomotor: habilidades relacionadas a movimentos básicos, reflexos, habilidades perceptivas e físicas, comunicação não discursiva.

E nos fez algumas indagações:
E na sua prática, qual tipo de aprendizagem você mais usa com seus alunos?

E que domínio você ensina ?

A maneira de se comportar perante seus alunos (levando em conta a aprendizagem social ou por modelagem) tem sido pensada como forma de aprendizagem ?

Como você pode melhorar as estratégias de ensino-aprendizagem no seu contexto profissional ?

          Inspirados nas citações do início deste texto e com as informações que obtivemos sobre aprendizagem através da vídeo-aula,  vale refletir sobre a nossa prática e buscar melhora-la.
                                               Márcia Maria dos Santos Solha
                                                             Setembro/2010                              

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