terça-feira, 5 de julho de 2011

(4°) Vídeo-aula 7 - Epilepsia nas diferentes fases da vida: infância, adolescência e fase adulta


4°Módulo – Vídeo-aula 7: Epilepsia nas diferentes fases da vida: infância, adolescência e fase adulta

A Prof°Paula Fernanda de início falou, que o diagnóstico de epilepsia altera o status social do paciente pois, a partir daquele momento, ele passa  a ter uma doença crônica e muito estigmatizante.
Daí:
-Preocupação, confusão, tristeza, sentimento de culpa, raiva, questionamentos, o que fazer ?
-Medo, crenças (informações inadequadas ainda nos dias de hoje), revolta (podendo levar a comportamentos inadequados).
-Reações normais, mas que podem influenciar o modo de viver e de se relacionar com os outros.
E trouxe considerações específicas quando o diagnóstico é feito na Infância, na Adolescência e na Fase Adulta :

Infância:
-Período de aquisição e desenvolvimento de habilidades e competências sociais, cognitivas e acadêmicas.
-Prejuízo nesta fase: acadêmicos, interpessoais e emocionais (traços de personalidade)
-Pais e escola: é preciso que ambos estejam muito envolvidos para que os prejuízos não sejam tão graves e sérios.

Infância: relação pais-filhos:
Os pais precisam ser informados sobre o que é, quais limitações e possibilidades, para que os sentimentos sejam mais positivos e os comportamentos mais adequados, isso repercute favoravelmente na criança que passa a nutrir sentimentos mais positivos e também comportamentos mais adequados. É um ciclo que se retroalimenta, em caso contrário o efeito é devastador.
-Filhos se sentem apreensivos em relação à epilepsia: preconceito e baixa qualidade de vida. E eles começam a ficar mais apreensivos devido ao comportamento dos pais, daí que o modelo materno e paterno positivo é fundamental. Não ocorrendo isso prejudica o funcionamento da família pois há menos proximidade, mais restrições de comportamentos, de atividades e de comunicação.
Portanto, mensagens positivas: desenvolvimento integral e positivo: respeito por ela mesma, autoestima e autoconfiança.
Se mensagens negativas (ou pode nada ou pode tudo/permissividade por ter epilepsia): desenvolvimento falho e negativo: desconfiança, dúvidas e insegurança sobre quem ela é, o que ela pode, até onde ela pode ir?

Infância e escola:
Crianças com epilepsia: escolas comuns ?
Dificuldades na idade escolar: desempenho escolar e interação social – podem estar associadas à própria epilepsia (por causa das crises e da medicação), e a fatores psicossociais (baixa expectativa, autoestima e autoconfiança abaladas, rejeição, decorrentes do estigma/preconceito).
É importante que professores, coordenadores e colegas saibam que a criança tem epilepsia e como proceder.

Adolescência – características:
-Mudanças e questionamentos
-Busca de novidades
-Identificação social e sexual
-preparo para a maturidade
Epilepsia influencia:
*Independência e autonomia
*Relacionamentos sociais
*Estudo e futuro
*Autoestima e humor
*Restrições de atividades

Adolescência e contradição vivida a partir da epilepsia:
Adolescente quer: autonomia, independência e desejo social (de se relacionar com outros – amizade e namoro).
Com a epilepsia ocorre:  imprevisibilidade das crises, dependência dos pais e DAEs (drogas anti convulsionantes), preconceito.
Comportamentos inadequados: isolamento, revolta, papel de vítima, não aceitação, com isso – problemas no crescimento e no ajustamento psicossocial e na aderência ao tratamento.
Ele precisa de suporte e a escola pode ajudá-lo a passar dessa fase e ser um adulto feliz, saudável.

Adultos:
Espera-se estabilidade financeira, emocional, profissional e social.
Epilepsia: influencia negativamente o emprego e as relações sociais/ conflitos familiares e sociais, stress financeiro e alterações emocionais.
Aspecto profissional:
Sobe as taxas de desemprego e de subemprego e diminuem as chances de qualificação escolar e de poder trabalhar.
Aspecto social:
Crises: são eventos sociais, significado construído a partir da reação dos outros: mais desvantajoso que as crises.
Baixos índices de casamento: contato social prejudicado, baixa autoestima e problemas na sexualidade.
E finalizou enfatizando que é importante que saibamos as considerações da epilepsia em cada fase da vida. E disse: “Você, professor, pode ajudar promovendo discussões através dos temas transversais, para que se tenha um entendimento, lidadndo com isso de uma maneira mais positiva. É importante considerar cada fase e cada caso. A família deve participar do processo todo. É possível ter uma vida com qualidade.”
  
                              Márcia Maria dos Santos Solha
                                            Julho/2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário